Impasse paralisa coleta de lixo por um dia em Guará

Paralisação por falta de pagamento compromete serviço; empresa e Codesg confirmaram acordo após negociação

Lixo acumulado espera por caminhão da coleta; sistema terceirizado chegou a ficar paralisado em parte da cidade na última semana (Foto: Arquivo Atos)
Lixo acumulado espera por caminhão da coleta; sistema terceirizado chegou a ficar paralisado em parte da cidade na última semana (Foto: Arquivo Atos)
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Os motoristas da coleta de lixo de Guaratinguetá realizaram uma manifestação na manhã da última quinta-feira. Os condutores paralisaram os serviços devido ao atraso no pagamento e da PLR (participação de lucros), além das más condições de trabalho enfrentadas pelos funcionários. Com a greve, a retirada de resíduos ficou comprometida no município e só voltou com um acordo com a Codesg.A paralisação teve início logo pela manhã. Os funcionários decidiram cruzar os braços diante do atraso salarial de maio e do pagamento da participação de lucros da empresa. Ao todo, 12 motoristas compõe a frota. Como os condutores fizeram greve, os coletores de resíduos, não puderam trabalhar, já que não haviam caminhões nas ruas.“A PLR estava atrasada, desde o dia 25 que eles não pagaram, e o pagamento também até hoje não haviam feito. Foi aquele jogo de empurra-empurra, a empresa dizendo que a Codesg não pagou, a Codesg respondendo que a Saeg que não tinha pago. Nisso decidimos que era injusto o trabalhador estar sem pagamento e decidimos parar”, contou o vice-presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Manoel Galvão.

A responsabilidade pela coleta de lixo é da empresa Construrban, mas a paralisação gerou uma reação em cadeia, já que o serviço era, até na gestão de Francisco Carlos (PSDB), da Saeg (Companhia de Águas, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá), que repassou a demanda, no início do atual governo, para a Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá) que, por sua vez, retransmitiu o trabalho para a Construrban.

Antes da paralisação, o Sindicato confirmou que entrou em contato com a empresa para verificar as condições de pagamento da PLR. A Construrban, segundo Galvão, assinalou com a possibilidade de adiar o pagamento para o último dia 7. Através de uma assembleia os motoristas acataram o pedido, mas como a promessa não foi cumprida, eles entraram em greve.

O serviço ficou comprometido no período da manhã. No início da tarde, o Sindicato confirmou que as negociações haviam avançado, com o pagamento feito em dinheiro. A paralisação chegou ao fim por volta das 13h.

A Codesg confirmou que “cobrou a Construrban pela regularização imediata da situação junto aos condutores” e salientou que “o serviço foi regularizado em menos de um dia”. A Construrban não respondeu às solicitações da reportagem do Jornal Atos.

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