Guará entra na lista de cidades alvo do “Golpe da UTI”

Criminosos tentam enganar família de paciente; Frei Galvão faz campanha interna de conscientização

Entrada principal do hospital e maternidade Frei Galvão, em Guaratinguetá, novo alvo da quadrilha; cidade é a terceira com ação do Golpe da UTI (Foto: Arquivo Atos)
Entrada principal do hospital e maternidade Frei Galvão, em Guaratinguetá, novo alvo da quadrilha; cidade é a terceira com ação do Golpe da UTI (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Depois de ocorrências registradas em Lorena e Pindamonhangaba, no último final de semana, foi a vez da família de uma paciente de Guaratinguetá quase ser vítima do “Golpe da UTI”. Os criminosos tentaram se passar por médicos do Hospital Maternidade Frei Galvão para cobrar dinheiro para a realização de um falso exame de urgência.

Uma idosa de 76 anos, internada com problemas renais na UTI do Hospital Frei Galvão, de Guaratinguetá, quase caiu no golpe. De acordo com a vítima, que pediu para não ser identificada, um homem, se passando por “Dr. Carlos”, a ligou, cobrando que fosse depositado imediatamente R$ 2,2 mil numa conta bancária para que a idosa fosse submetida a um exame de urgência. O golpista teria dito ainda que se o procedimento não fosse realizado, a paciente poderia não resistir a mais um dia de vida.

Preocupada, a filha da paciente foi ao Hospital Frei Galvão tentar negociar o pagamento do exame, onde descobriu que tudo não passava de um golpe.

Em nota oficial, o Hospital Maternidade Frei Galvão informou que registrou um boletim de ocorrência após o caso e que o local vem realizando uma divulgação interna para que os pacientes e seus familiares não caiam no golpe.

A nota revelou ainda que colocou avisos em todos os elevadores explicando que não faz parte dos procedimentos do hospital fazer contato telefônico, cobrando pagamentos.

A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com a Polícia Civil para colher informações sobre a investigação, mas até o fechamento desta edição nenhum responsável foi localizado para comentar o caso.

Em janeiro – A Polícia Civil de Pinda abriu uma investigação para tentar identificar uma quadrilha de estelionatários do Mato Grosso, que tentou aplicar diversos golpes em pacientes internados em UTI´s (Unidade de Tratamento Intensivo) de hospitais particulares e públicos do município. Mas em todos os casos, as vítimas perceberam que se tratava de um golpe e acabaram saindo ilesas.

A investigação apontou que golpistas entram em contato por telefone com as instituições médicas, se passando por médicos, e solicitam informações de nomes e contato familiar dos pacientes que fazem tratamento na UTI. Na sequencia, os criminosos ligam para os parentes do internado, fingindo serem representantes do hospital, e afirmam que necessitam de um depósito bancário para a realização de um procedimento médico ou exames de urgência.

No início de abril, a Santa Casa de Lorena revelou em nota oficial que famílias de três pacientes, internados no hospital, receberam ligações de criminosos que tentaram se passar por médicos e funcionários do hospital. A filha de um dos pacientes revelou que o falso médico pediu para que fossem depositados numa determinada conta bancária R$ 1, 5 mil, para a realização de uma tomografia. Mas após entrar em contato com o hospital percebeu que era um golpe e não caiu na armadilha.

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