Grupo usa nome de Paróquia para arrecadar dinheiro no centro de Guará

Denúncias apresentadas por igreja destacam ação de dependentes químicos

A Paróquia Nossa Senhora da Glória, que fez denúncias contra esquema que pede dinheiro em Guará (Foto: Juliana Aguilera)
A Paróquia Nossa Senhora da Glória, que fez denúncias contra esquema que pede dinheiro em Guará (Foto: Juliana Aguilera)

Juliana Aguilera
Guaratinguetá

A Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Guaratinguetá, denunciou um grupo de jovens que estão pedindo dinheiro em nome da entidade para ações sociais. O pároco José Ferreira da Silva negou ligação ao grupo, que atua na região central da cidade, com destaque para três avenidas.

O problema estaria se repetindo há meses, mas a entidade tem dificuldade em identificar os pedintes e denunciá-los para a polícia.

A paróquia tomou conhecimento do que acontecia quando começou a receber ligações de fiéis à respeito do caso. “Começaram a ligar aqui perguntando sobre essa campanha, mas nós não temos nenhuma campanha. São pessoas de má fé que ficam usando da igreja para tirar proveito próprio”, afirmou Silva.

O grupo de pessoas que estaria pedindo em nome da igreja atua nos semáforos das avenidas Joaquim Maia, José Bonifácio e Juscelino Kubitschek.

Eles abordam os motoristas pedindo doação para comprar alimento para moradores de rua que são atendidos pela obra social da paróquia. “O pessoal não sabe o que acontece e acaba dando dinheiro, mas é tudo trapaça desse povo. A igreja só pede doação por meio de um ofício, assinado pelo padre e carimbado pela paróquia. A gente não pede nada de mão vazia”, ressaltou.

Os jovens também ficam em outros locais da cidade, quando desconfiam de alguma coisa, para não serem pegos. Segundo Silva, não é a primeira vez que a Paróquia passa por esta situação. “Quando as pessoas vêm doar cesta básica, elas trazem aqui ou elas ligam pra gente ir buscar, não ficam entregando para qualquer um”, reforçou.

Ações – A Paróquia Nossa Senhora da Glória trabalha com atendimento de conscientização e entregando cestas básicas para famílias carentes, além de outro grupo que serve sopa, marmita e doa cobertores para moradores de rua. Todo o trabalho é oficializado, com atuação de coordenadores.

Centro – A cabeleireira Renata Lopes vai ao Centro, durante os sábados, e diz já ter se deparado com pessoas distribuindo panfletos e pedindo dinheiro em nome da igreja. “Eles pedem uma contribuição para fazer o sopão. Pedem para ajudar com uma moeda e se você diz não, eles não insistem. Já abordam faz um tempo”, contou.

Outra moradora de Guaratinguetá, que preferiu não se identificar por medo de violência, disse que um morador de rua, usuário de drogas, pede em nome da paróquia. “Esse rapaz se chama Fábio e distribui panfletos de clínicas dentárias, lojas, no semáforo. Ele pediu para o meu marido e eu estava junto, mas já conhecia sua fama e sabia que era mentira”. Desde a denúncia feita em redes sociais, Fábio sumiu da região.

 

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