Grupo tenta reativar a Esportiva de Guará

Empresário e ex-jogador do Lobo trabalham nos bastidores para dar segunda chance ao time, desativado em 1998

Torcedor assiste jogo acompanhando transmissão pelo rádio, no “Professor Dario”
Torcedor assiste jogo acompanhando transmissão pelo rádio, no “Professor Dario”

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Após 17 anos ausente dos gramados de São Paulo, a Esportiva de Guaratinguetá pode estar de volta. Para isso, um grupo da cidade busca alternativas para filiar o clube junto à Federação Paulista de Futebol e retomar as atividades.
A informação é tratada com certo cuidado pelas pessoas que estão à frente do processo de reativação do Lobo do Vale: o empresário Francisco Gonçalves e o ex-jogador da Rubra, Alberto Veras.
Segundo a dupla a princípio o momento é de análise do termômetro dos antigos e novos torcedores do Lobo, de Guaratinguetá e região.
Resgatar a memória da centenária Associação Esportiva de Guaratinguetá e recolocá-la no cenário paulista do futebol é um sonho de muitos torcedores e admiradores do Lobo do Vale, que aumentaram a esperança com a notícia de que um grupo de profissionais trabalha com essa possibilidade.
Desativada em 1998, a Esportiva fechou as portas e viu novos times nascerem. No mesmo ano, era fundado o Guaratinguetá, e em 2005, foi a vez do Manthiqueira. Os anos passaram, o futebol mudou, clubes-empresas passaram a encher competições estaduais e nacionais e criar, ou recriar um time, ficou mais caro.
Nesta semana, Francisco Gonçalves, Alberto Veras e o advogado Rodney Ramos participaram de um programa de rádio em Guaratinguetá, quando falaram sobre o possível retorno. Na ocasião, ambos declararam que o termômetro para sentir se é o momento ou não de lutar pela reativação será a partida amistosa, envolvendo os veteranos da Esportiva contra os Masters da Seleção. “Isso será o parâmetro. As famílias no estádio, no jogo deste domingo”, respondeu Gonçalves. “Quando o propósito é bom, não visando dinheiro ou vaidade, tudo tende a fluir com o tempo”, concluiu.
Xerife nas décadas de 1980 e 1990, Veras foi enfático ao dizer que nada é concreto até o momento. O ex-zagueiro preferiu manter os pés no chão e tratar do trâmite para o retorno com cautela.
Ele garantiu que o clube não possui mais dívida. “Nossos advogados vão dizer que não existe dívida alguma”.
Um dos advogados responsáveis pelas tratativas jurídicas, Rodney Ramos, confirmou a declaração de Veras. “Todos os processos que existiram estão arquivados com baixa. Os processos prescrevem em 18 anos. Temos certidões negativas, e dentro do processo jurídico, estão sendo tomadas as medidas cabíveis e possíveis para ver a possibilidade da reativação”.
Questionado sobre o valor para filiar um clube junto à Federação Paulista de Futebol, Gonçalves contou que os valores passam dos R$ 500 mil. “Para se filiar um time, atualmente, está na casa de R$ 600 mil. Se é um clube-empresa, chega a R$ 1 milhão”, concluiu.
A Federação Paulista de Futebol foi questionada pela reportagem do Jornal Atos sobre os trâmites legais para a reativação de um clube de futebol e uma nova filiação, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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