Fim da zona azul devolve flanelinhas às ruas do Centro de Guaratinguetá

Prefeitura deve intensificar fiscalização após rescisão de contrato do serviço

Flanelinhas nas ruas de Guaratinguetá; Prefeitura deve intensificar fiscalização na cidade (foto: Arquivo Atos)
Flanelinhas nas ruas de Guaratinguetá; Prefeitura deve intensificar fiscalização na cidade (foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

A rescisão contratual, feita pela Prefeitura de Guaratinguetá, que colocou fim ao estacionamento rotativo no município, acendeu uma preocupação antiga dos motoristas: a ação de flanelinhas. O fim do contrato ainda não completou duas semanas, mas as vias, antes pouco esvaziadas pela cobrança da zona azul, hoje têm mais carros estacionados. O Executivo confirmou que a fiscalização para conter a prática será ampliada.

Suspenso desde 3 de setembro, o estacionamento rotativo tinha começado em agosto de 2015. O contrato era válido por dez anos, e o objetivo do retorno da cobrança pelas vagas era dar mais rotatividade aos condutores que trafegam pelas principais ruas e avenidas do município. Antes da implantação da zona azul, era comum se deparar com flanelinhas, em especial nas ruas do Centro.

Após o começo da cobrança, os flanelinhas deixaram a região coberta pelas vagas rotativas e migraram para outros pontos da cidade. Em junho do ano passado o Jornal Atos publicou reportagem denunciando ação e até ameaças dos guardadores, na praça Brito Broca, próxima ao posto do Poupatempo. A pauta virou requerimento na Câmara e o documento chegou as polícias Civil e Militar.

Com a rescisão do contrato entre a Prefeitura e a AC Park, empresa que gerenciava a zona azul, o temor é que a prática dos guardadores volte a ser rotina. “Era mais prático, porque havia uma rotatividade, sem contar que não haviam mais flanelinhas como em outros anos. Mas agora, eu já vi guardadores próximos à igreja (Matriz de Santo Antônio)”, afirmou a motorista Cintia Alves Bernardes, moradora do Engenheiro Neiva.

Diferente de Cintia, que mora em uma região mais distante do Centro, Júlio Silva mora próximo ao Mercado Municipal. O morador não utiliza o carro para se locomover pela região central, mas não está imune a ação dos guardadores. “Quando vou ao Pedregulho, em especial ao Poupatempo, é sempre a mesma cena. Os flanelinhas sinalizam vagas, ajudam a estacionar e muitas vezes ficam irritados quando não recebem. Acho que é preciso ter mais fiscalização nesse ponto”.

Combate – Para evitar que a ação dos guardadores volte a ser algo cotidiano, o secretário de Segurança e Mobilidade, Marco Antônio Oliveira, o ‘Major Oliveira’, salientou que em caso de ameaças ou coação é fundamental acionar a Polícia Militar. “Qualquer tipo de ameaça, é preciso registrar o caso junto a PM. Quanto a atitude de permanência (dos guardadores), já houve um trabalho da secretaria Assistência Social a respeito disso. A ideia é dar continuidade, até mesmo através de registro e verificação, para saber qual a situação real. Mas são casos daquela secretaria e da PM”, finalizou.

O período sem o estacionamento rotativo não deve ser longo, de acordo com o Executivo. Uma nova licitação está sendo elaborada. A Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá) poderá assumir o serviço.

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