Estado garante que não há pedido de Guará por câmeras de monitoramento

Após questionamento do MP, secretaria estadual nega encaminhamento de solicitação da Prefeitura; cidade é alvo de assaltos no comércio

Carlos Pimentel
Guaratinguetá

O assunto monitoramento eletrônico voltou a ser debatido na Câmara de Guaratinguetá. Comerciantes e consumidores também cobraram da Prefeitura a instalação de um sistema de vigilância por videomonitoramento na região central da cidade. O Ministério Público, por meio do promotor Gilberto Cabett, também entrou na luta pelo sistema, mas nenhum segmento obteve êxito.

A Prefeitura afirmava que a instalação de câmeras de videomonitoramento estava prevista, porém, seria posterior à conclusão do projeto que seria implementado pelo Governo do Estado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, em um único sistema.

Com a falta de avanço na implementação do sistema, e com a garantia da Prefeitura de que tudo que lhe cabia foi feito, faltaria a parte que cabia ao Estado. O promotor de Justiça, Gilberto Cabett, questionou diretamente o Estado por meio de um ofício endereçado ao secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Magno Alves Barbosa Filho, se havia algum tipo de planejamento sobre o sistema de monitoramento por câmeras em Guaratinguetá, pois se tratava de uma reivindicação antiga da população, e a Prefeitura afirmava que tudo que lhe cabia havia sido feito.

A secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo respondeu por meio de um ofício ao promotor, documento que foi enviado aos parlamentares na última semana. O ofício enviado ao MP, informa que “não há expediente em tramitação na secretaria quanto à implantação do sistema de monitoramento por câmeras de segurança em Guaratinguetá. A secretaria estadual é autorizada a realizar convênios com os municípios para a implantação do sistema, desde que haja manifestação expressa pelo município, e no momento, não há nenhum projeto em tramitação (trecho do documento)”.

A Prefeitura de Guaratinguetá foi procurada pela reportagem do Jornal Atos, mas até o fechamento da edição nenhuma resposta foi encaminhada à redação.

A preocupação na cidade é grande. Na última semana, o Jornal Atos publicou matéria sobre o aumento de assaltos ao comércio da região central. Três assaltos em menos de sete dias deixaram comerciantes e consumidores com medo. Uma pastelaria, uma farmácia e uma loja varejista foram alvos de criminosos.
Nos três casos, os bandidos não foram capturados e conseguiram fugir.