Contrariando associações, comerciantes estimam queda em vendas de Natal

Lojistas apostam em promoções para evitar faturamento reduzido; Sincovat espera aumento de 5% nas vendas

Visual tímido e baixa expectativa entre comerciantes contrastam com opinião de associações, que esperam por alta nas vendas de Natal (Foto: Lucas Barbosa)
Visual tímido e baixa expectativa, comerciantes divergem de associações, que esperam por alta no Natal (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Regional

Enquanto as associações comerciais da região projetam um crescimento no número de vendas no período natalino em comparação ao de 2016, os comerciantes não estão tão otimistas. Para tentar convencer o cliente a “colocar a mão no bolso”, os lojistas apostam em promoções e formas de parcelamento estendido.

Uma estimativa divulgada pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), no último dia 2, apontou que as vendas de Natal deverão aumentar em 5% em relação ao ano passado no Vale do Paraíba.

Outro levantamento semelhante, divulgado pela CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens Serviços e Turismos), divulgou que o Natal de 2017 será o melhor dos últimos quatro anos para os lojistas brasileiros.

Na região, a Acip (Associação Comercial e Industrial de Pindamonhangaba) é a que espera o maior aumento de vendas, chegando a 6%. Para a entidade, os celulares e smartphones serão os produtos mais comprados pelos consumidores. Para tentar incentivar a população a frequentar as principais regiões comerciais, a Acip firmou uma parceria com a Prefeitura para o custeio da decoração da praça Monsenhor Marcondes e do evento da “chegada do Papai Noel”.

Em Cruzeiro, a ACC (Associação Comercial de Cruzeiro) projeta uma alta de 5% a 7% nas vendas em comparação com o fim de ano de 2016. A entidade aposta que o crescimento esperado será puxado pelos segmentos de vestuário, eletroeletrônicos e calçados. ACC revelou ainda que orientou os comerciantes a investirem em publicidade nas redes sociais, já que além de um baixo custo, esta modalidade tem potencial para atingir um alto número de possíveis consumidores.

Comparada às outras entidades, a Aceg (Associação Comercial Empresarial de Guaratinguetá) é a que estima o aumento mais tímido nas vendas, chegando a somente 3%. Segundo o órgão, que se baseou em um levantamento da Associação Comercial de São Paulo, a preferência dos consumidores deverá ser por peças de vestuário, calçados, joias, adereços e produtos de beleza. O estudo também apontou que dobrou a intenção dos brasileiros de adquirirem um novo aparelho de televisão, devido ao fim do sinal analógico, sendo 9% contra 4,8% registrados em 2016.

A Aceg ressaltou ainda que além de oferecer assessoria empresarial gratuita aos comerciantes, ela colaborou com a decoração do centro comercial do município.

Em Lorena, a Acial (Associação Comercial Industrial de Lorena) projeta que o aumento nas vendas ficará entre 4% e 5%. A entidade acredita que as peças de vestuário, eletroeletrônicos e calçados serão a preferência dos clientes na hora da escolha do presente natalino.
Contraponto – Ao contrário das associações comerciais, grande   parte dos lojistas da região afirmam estarem preocupados com uma possível queda no faturamento. É o caso do empresário, Ronaldo Pardini, que há 16 anos é proprietário de uma loja de vestuário e acessórios na rua Doutor Rodrigues de Azevedo, a Rua Principal, no Centro de Lorena. “Infelizmente, acredito que registraremos uma redução de 5% nas vendas. O movimento está muito  fraco e torcemos para que nestes últimos dias os clientes gastem um pouco mais.  Estamos apostando em promoções para tentar chamar a atenção dos compradores”.

Outro empresário que também está pessimista com as vendas é Luís Henrique de Oliveira, 52 anos, proprietário de lojas de calçados em Lorena e Guaratinguetá. “Sinceramente acho que teremos uma pequena queda de quase 3%. Mesmo aumentando a forma de parcelamento, parece que o povo está com medo de gastar. Fazia tempo que eu não via o centro de Lorena e Guará tão vazios nessa época”.

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