Com projeção de queda em investimento do Estado, região avança videomonitoramento

Pindamonhangaba projeta expansão de sistema, e Guaratinguetá busca parceria regional; verba estadual com baixa de 20% faz parte de orçamento analisado na Assembleia Legislativa

Funcionários  da secretaria de Segurança de Pindamonhangaba acompanham imagens captadas pelas câmeras de monitoramento em Pinda (Foto: Divulgação)
Funcionários da secretaria de Segurança de Pindamonhangaba acompanham imagens captadas pelas câmeras de monitoramento em Pinda (Foto: Divulgação)

Jéssica Dias
Região

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba pode sofrer uma redução de 19,91% no orçamento previsto em verbas estaduais para 2018.

Entre os projetos que podem ser afetados, a instalação de câmeras do COI (Centro de Operações Integradas). Esse é o prognóstico feito em meio à análise do orçamento do Estado encaminhado à Assembleia Legislativa.

Em meio à indefinição, cidades da região trabalham projetos próprios para a instalação de câmeras.

A proposta está em análise dos deputados estaduais e prevê repasse de R$ 2,915 milhões para a estrutura da região metropolitana. Neste ano, a estimativa é de R$3,640 milhões.

Das propostas feitas para a região há cinco anos, apenas uma saiu do papel: a criação do DDD unificado.

Já o sistema de videomonitoramento por câmeras na região, é um dos projetos do Estado para inibir a violência, que começou a ser executado neste ano, e contou com a interlocução do comando da região.

Em agosto o Estado anunciou a liberação de R$ 3 milhões para o Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O Conselho de Desenvolvimento elaborou um projeto para instalação de câmeras em todas as cidades e sua integração ao Sistema Detecta, que permite identificar placas de veículos e localizar carros roubados ou furtados.

O governo Alckmin detalhou a implantação de videomonitoramento, que deve contar com duzentas câmeras de vigilância em pontos definidos pela Polícia Militar de acordo com grau de necessidade.

Entre os municípios do Vale, São José dos Campos recebe o maior número de câmeras, sete no total. Em Lorena, serão três aparelhos instalados. Já Guaratinguetá pode ter de quatro a seis câmeras nas principais entradas da cidade.

Em paralelo ao projeto do Estado, as cidades da região se movimentam para implantar seus próprios sistemas, como Pindamonhangaba que começou a ser instalado em julho de 2017, em caráter experimental e hoje tem 16 câmeras instaladas, quatro em Moreira César, duas no Araretama, uma no Cidade Nova, e nove nas principais rotatórias da região central.

De acordo com a Prefeitura de Pindamonhangaba, o município avalia o sistema a ampliação do sistema na tentativa de inibir a criminalidade e aumentar a segurança para população. A expectativa para 2018 é expandir de 16 para 32 câmeras.

Em entrevista ao Jornal Atos no último dia 22, o prefeito de Guaratinguetá Marcus Soliva (PSB) destacou uma proposta para debater junto a outras cidades a implantação de um COI regional. “A minha ideia é fazer como em Taubaté. Eles fizeram a licitação e contrataram as imagens, assim conseguem uma melhor qualidade no serviço. A empresa responsável por fornecer as imagens fica responsável por tudo, colocação e movimentação das câmeras, lincar sistemas de monitoramento dos veículos que circulam pela avenida para verificar se a documentação se está em dia”, explicou Soliva.

De início, a proposta é abrir conversa em busca de parcerias com Lorena, Aparecida, com a possibilidade de abranger Potim e Cachoeira Paulista.

Já em Cruzeiro foi feito o projeto para a implantação do sistema, mas devido às dificuldades financeiras não foi implantado. A Prefeitura busca auxílio do comércio e demais iniciativas privadas.

De acordo com a Prefeitura, atualmente não existe um recurso do Estado que seja direcionado a esse projeto, mas o Município espera por uma parceria em breve.

Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a Prefeitura de Lorena informou que a secretaria de Segurança Pública trabalha na integração da comunicação da Guarda Civil Municipal com os outros órgãos de segurança atuantes na cidade.

Para isso, a administração municipal aguarda somente a liberação de recurso já conquistado para abertura de licitação visando a compra de equipamentos, como rádios digitais.

Em um segundo momento, a secretaria priorizará estudos sobre a viabilidade da instalação de câmeras de segurança.

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