Com cerca de R$ 9 milhões, CDHU retoma obras paralisadas na região

Projeto contempla Aparecida, Lorena, Cachoeira Paulista e Lagoinha; conjuntos habitacionais beneficiam aproximadamente trezentas famílias

Residencias do conjunto habitacional de Ccahoeira Paulista, um das obras retomadas neste mês; apenas quatro cidades contemplarão cerca de 300 famílias (Foto: Arquivo Atos)
Residencial de Cachoeira Paulista que terá obra retomada pela CDHU; quatro cidades, juntas, contemplarão cerca de 300 famílias (Foto: Arquivo Atos)

Rafaela Lourenço
Região 

O déficit habitacional da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) está com expectativa de redução ainda este ano. A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) retomou obras paralisadas em quatro cidades da região: Lorena, Cachoeira Paulista, Aparecida e Lagoinha. Além das retomadas, municípios seguem com projetos e etapas finais de construção.

Após atrasos em conjuntos habitacionais como o imbróglio de 11 anos de espera para conclusão em Cachoeira Paulista, a CDHU assumiu as concorrências públicas com aval das prefeituras para finalizar as obras paralisadas.

Aparecida é umas das cidades com o melhor estágio dos trabalhos. A licitação realizada no início de outubro foi homologada e deve ser publicada no Diário Oficial até esta sexta-feira. A vencedora do certame do conjunto Aparecida B com 52 unidades, a Jaguar Construções atuará com o valor de R$ 3.447,893. As obras devem ter início ainda em novembro com uma previsão de 12 meses para entrega. O conjunto fica entre os bairros Santa Teresinha e Vila Mariana.

De acordo com o gerente regional da CDHU, Francisco de Assis, o Tchesco, o projeto de Lagoinha que contempla 66 casas populares segue com o processo mais avançado. A obra foi homologada e o extrato do contrato publicado na última sexta-feira, no valor de R$ 4.814,187. O contrato prevê 18 meses para conclusão das obras.

Já em Cachoeira Paulista, a proposta de licitação foi aberta no último dia 24 e a CDHU ainda não conhece a empreiteira vencedora. São as últimas oitenta de duzentas unidades do contrato. As residências estão em estágio adiantado de estrutura o que deve agilizar os trabalhos. A expectativa é finalizar o conjunto em seis meses. “Essa foi um pecado. Foram várias tentativas, é impressionante essas empresas, é um ato de insanidade. Elas entram na concorrência com um preço muito barato. Nós fazemos uma planilha, de qual o valor a CDHU estima para terminar a obra, mas na hora da licitação tem empresa que entra com 26% abaixo da planilha. Ficamos desesperados”, frisou Tchesco ao se referir ao residencial anunciado em 2008 e que atualmente entregou 120 casas.

Entre as prioridades do Estado está Lorena. Serão retomados os serviços no Vila Rica com a construção das últimas oitenta residências. No último dia 25 foi liberado o edital que segue para a publicação no Diário Oficial. Segundo Tchesco, até o final de novembro o tramite de conclusão do certame e a publicação do extrato devem ser finalizados para que em dezembro as obras iniciem na cidade. O prazo também será de 12 meses para inauguração.

Em Guaratinguetá, a CDHU aguarda uma pendência do projeto junto ao cartório de registro de imóveis para beneficiar 81 famílias no Santa Luzia. “Projeto está pronto, lá foram vários lotes isolados que tivemos que fazer a unificação de matrículas. Estamos trabalhando com a previsão para ver se em novembro fazemos o edital de concorrência pública”.

Através do programa do Estado denominado “Nossa Casa”, que prioriza municípios com áreas totalmente liberadas, a secretaria de Habitação de São Paulo contemplou Potim com 187 unidades, Guará (81), Paraibuna (50) e Natividade da Serra (16). No programa é previsto que o Município entre com o terreno, o Estado subsidia a construção e a Caixa Econômica Federal financia. Os prefeitos estão analisando as demandas utilizadas pela Caixa para definir os beneficiários, pois as cidades priorizam as famílias de baixa renda. “Em Potim tem uma grande quantidade que não tem anotação em carteira, chamamos de atividade informal, então elas que a Prefeitura gostaria de contemplar. Que o olhar social fosse para as famílias que ganham menos. Até o final de novembro tudo deve estar consolidado.”, salientou Tchesco.

Os prefeitos de Canas e Silveiras, Lucemir do Amaral (PSDB) e Guilherme Carvalho (PSDB), respectivamente, destinaram novas áreas para o trabalho social com casas populares. Serão cinquenta unidades em cada cidade. Novembro também será o divisor de águas para os dois municípios com a possibilidade de abertura de licitação.

A CDHU prevê ainda a entrega até dezembro de 66 residências em Santa Branca e 48 em Arapeí. Em 2020, Isael Domingues (PL) inaugurará as 236 unidades no distrito de Moreira Cesar.

 

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