Casas em áreas de risco são demolidas em Guaratinguetá

Defesa Civil mapeia cerca de 500 residências; Jardim do Vale e Beira Rio II são principais ‘alvos’

Demolição casas nova guara (32)
Casas localizadas em áreas de risco foram demolidas para evitar tragédias com enchentes e inundações (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa

Guaratinguetá

A Defesa Civil de Guaratinguetá começou neste mês, a demolição de cerca de 500 casas localizadas em área de risco. Ainda sem data para terminar, o trabalho busca evitar que as famílias enfrentem enchentes e desabamentos.

O cenário aparente de ‘pós-guerra’ na rua Eufrásio Fernandes, que liga diversos bairros, chama a atenção de quem passa no local. As pilhas de entulho ocupam os espaços que anteriormente abrigavam dezenas de residências.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Luiz Augusto Barbosa, a demolição vinha sendo estudada pelo órgão há meses, já que os moradores foram transferidos recentemente para moradias populares do programa federal ‘Minha Casa Minha Vida’. “A maioria dos imóveis que serão demolidos ficam na Rua Eufrásio Fernandes no Jardim do Vale e Beira Rio II, próximos ao Rio Paraíba. Essa ação é fundamental para evitar que essas famílias tenham sua segurança ameaçada por algum problema futuro”.

Barbosa detalhou ainda qual o procedimento adotado pelo órgão durante a ação. “A secretaria de Assistência Social emite a autorização de mudança destas pessoas para outras moradias. A Defesa Civil adesiva o imóvel como interditado e monitorado, e aguarda a saída dos moradores. Posteriormente contatamos a secretaria de Obras, EDP Bandeirante, e SAEG (Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá) e finalmente a casa é demolida”.

Segundo a estimativa do órgão, cerca de 30% das casas mapeadas já foram demolidas.

Para a empregada doméstica Maria do Carmo Ramalho, 43 anos, que teve parentes retirados da Eufrásio Fernandes, a ação é fundamental para preservar os moradores que viviam em área de risco. “Minha irmã e meus sobrinhos foram para o residencial Santa Mônica. A casa deles ficava muito perto do rio e eles tinham medo de perderem tudo na época das chuvas. Foi bom eles terem saído daqui, eu estava preocupada com a situação”.

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