Campanha em Guaratinguetá recolhe embalagens de defensivos agrícolas

Ação contra reutilização já coletou mais de seis mil unidades na região

Serviço de coleta e manuseio de embalagens de defensivos agrícolas; campanha do Sindicato Rural tenta conscientizar produtores da região (Foto: Wilson Silvaston)
Serviço de coleta e manuseio de embalagens de defensivos agrícolas; campanha do Sindicato Rural tenta conscientizar produtores da região (Foto: Wilson Silvaston)

Da Assessoria/ Wilson Silvaston
Guaratinguetá

A Associação Agropecuária de Guaratinguetá e a Cooperativa de Laticínios Serramar, em parceria com o InPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) realizam no próximo dia 20, na sede da secretaria da Agricultura da cidade, a Operação Campo Limpo. A ação vai coletar as embalagens usadas de defensivos agrícolas.

Neste ano, a operação já foi realizada nas cidades de Cunha, Lorena e Lagoinha, onde foram coletadas mais de mil unidades, totalizando aproximadamente 300 Kg de produtos.

A legislação ambiental exige que todas as embalagens de defensivos agrícolas sejam encaminhadas para pontos de coleta autorizados, dentro do prazo de um ano após a compra do produto, para evitar riscos de contaminação do meio ambiente. O descumprimento da regra implica em sanções e multa.
De acordo com o engenheiro agrônomo e produtor rural, João Paulo Varella, houve uma melhora na conscientização nos últimos anos, mas é preciso que haja mais avanços para evitar contaminações nas propriedades.

“O principal risco é a reutilização da embalagem no transporte de água e leite, levando os produtos químicos ao organismo humano. O que é um risco hoje foi uma realidade no passado”, explicou Varella. “A iniciativa da coleta é muito boa e está sendo útil para todos. Tem que continuar, com a participação dos produtores”, completou.

Para efetuar a entrega, é preciso apresentar CNPJ, Inscrição Estadual, nome completo e endereço da propriedade. As embalagens devem estar vazias, perfuradas e no caso de produtos líquidos, passar pela tríplice lavagem. “Esse processo é importante, pois garante que nenhum resíduo de produto permaneça no fundo das embalagens, o que impossibilita o reaproveitamento do material posteriormente”, explicou o presidente da Associação Agropecuária, Thiago Chaves.

Controle – De janeiro a junho deste ano, o Sistema Campo Limpo já retirou das propriedades brasileiras mais de 23 mil toneladas de embalagens. Somente na região, as ações realizadas em Guaratinguetá e Lorena, em 2015, resultaram na coleta de mais de seis mil unidades, de acordo com dados do InpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias).

No Vale do Paraíba, o descarte regular das embalagens deve ser feito em Taubaté, na sede do InpEV, na avenida José Geraldo de Matos, nº 765 A, no Distrito Industrial do Piracangaguá. “É importante que o produtor respeite essa obrigação, pois a partir do próximo ano, a comercialização desse tipo de produto será controlada pelo sistema Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal), aumentando ainda mais o rigor da fiscalização”, afirmou Chaves.

As coletas contam com o apoio das prefeituras de Guaratinguetá, Lorena e Lagoinha e dos Sindicatos Rurais de Guaratinguetá, Lorena e Piquete, além das revendas Companhia da Terra, Verde Vale e PRC AgroUnião.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?