Campanha conscientiza sobre atenção ao autista na região

Maior problema para dia a dia dos cuidados com transtorno, falta de informação é foco de projeto, que prepara caminhada em Cruzeiro e Guará

Crianças e pais participantes do grupo durante encontro de divulgação do passeio; trabalho quer levar informações para cidades da região (Foto: Reprodução)
Crianças e pais participantes do grupo durante encontro de divulgação do passeio; trabalho quer levar informações para cidades da região (Foto: Reprodução)

Andreah Martins
Região

Para conscientizar a região sobre a importância da atenção ao autismo, o grupo Mais Sobre TEA prepara a primeira caminhada em prol da causa. Cruzeiro inicia o movimento no dia 1º, na praça Antero Neves Arantes, a Praça da Sete, às 10h. Já no domingo, dia declarado pela ONU (Organizações das Nações Unidas) como a data oficial de conscientização e informação sobre o autismo, Guaratinguetá encerra a passeata na avenida Presidente Vargas, no mesmo horário (veja vídeo abaixo).

Para uma das integrantes do grupo, Aline Ribeiro, a ação é essencial para a sociedade. “O autismo gera muitas dúvidas. Nossas leis não são respeitadas. Nossos profissionais não estão capacitados. As escolas não estão preparadas. Por isso a ideia é levar informação e inclusão aos pais, profissionais e população”.

O movimento foi criado por fonoaudiólogas e mães ligadas ao TEA (Transtorno do Espectro Autista). Hoje, possui mais de trezentos integrantes de todo País. A ação, que conta com patrocinadores, também realiza a venda de camisetas ao preço de custo (R$ 15).

Outra organizadora que faz parte do grupo de Cruzeiro, Elisabete Sousa, explicou como será a caminhada. “Teremos a presença dos pais e das crianças com autismo, profissionais da área, professores e a comunidade. Pretendemos trazer outros profissionais com a renda das camisetas”.
Ela reafirmou a iniciativa autônoma do grupo. “Não temos denominação de Ongs. É um grupo de estudo que se reuniu ara falar mais sobre TEA. Estamos tendo apoio, mas é apenas para o evento”.

Além de assessora de eventos, Aline é mãe de uma criança com o transtorno. Ela contou as dificuldades do cotidiano com a falta de informação da causa no Vale. “A desinformação e preconceito existem. Consegui o diagnóstico do meu filho só aos 3 anos e 9 meses. Na escola que estudava, quando mostrei o diagnóstico e pedi uma facilitadora para o acompanhar, eles disseram que iriam resolver, mas ninguém me retornou”, explicou a assessora, que estava grávida na época e precisava resolver a situação da rematrícula de seu filho. A escola não o aceitou de volta, após descobrir o diagnóstico.

Grupo formado por mães e profissionais, "+Sobre TEA" leva informação sobre Transtorno do Espectro Autista (Imagem: Reprodução)
Grupo formado por mães e profissionais, “+Sobre TEA” leva informação sobre Transtorno do Espectro Autista (Imagem: Reprodução)

“A diretora me pediu para aguardar enquanto resolviam a situação, mas quando voltei para saber me disseram que o meu filho não teria mais a vaga porque eu não fui fazer a matrícula. Ele virou um problema pra escola e fomos, descaradamente, excluídos”, relatou Aline.

Em Guaratinguetá, o trabalho para ampliar o conhecimento já está em andamento. A organização anunciou que, no decorrer do ano, dois cursos serão realizados com a arrecadação da venda das camisetas. Eles serão ministrados por profissionais capacitados e terão limite de vagas de setenta interessados. O assunto irá abordar os métodos de aprendizagem eficazes para o tratamento de crianças com o transtorno.

1ª CAMINHADA DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

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