Câmara encaminha denúncia contra Francisco Carlos ao MP

Vereadores ‘passam a bola’ à promotoria, sob justificativa que ação está ligada a pessoa física do prefeito

Chico Bornai
O prefeito Francisco Carlos que aguarda intimação da Justiça para apresentar defesa no Caso Chesmam (Foto: Arquivo PMG)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

A Câmara de Guaratinguetá iniciou o segundo semestre pós recesso com assunto polêmico. Já na primeira sessão, decisão do jurídico do Legislativo encaminhou ao Ministério Público uma denúncia contra o prefeito Francisco Carlos Moreira dos Santos (PSDB), apresentada na Casa no mês julho por um suposto colaborador de sua campanha eleitoral de 2012.

De acordo com o presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), o denunciante apresentou aos vereadores, durante um encontro na sede do Legislativo, áudios e vídeos que supostamente comprovariam irregularidades cometidas pelo tucano. Durante uma sessão que antecedeu o recesso parlamentar, Chesmam Último do Amaral explanou aos parlamentares os motivos que o levaram a processar Francisco Carlos. O morador acusou o prefeito de tê-lo dispensado da secretaria de Cultura depois de um período de trabalho sem nomeação e pagamento. Chesmam também afirmou que mesmo trabalhando em sua campanha eleitoral, organizando carros de som, o tucano não o pagou pelo serviço, e ainda o deixou com dívidas com fornecedores.

No depoimento, que durou cerca de duas horas, o denunciante explicou que em 2013 ele teria sido nomeado para fazer parte da equipe da secretaria de Cultura, organizando eventos.

Chesmam relatou que após alguns meses de trabalho, acabou sendo dispensado sem que tenha sido baixada a portaria de nomeação.

Em seu depoimento, o morador apresentou áudios, que gravou escondido, supostas conversas com o assessor de gabinete e consultor pessoal do prefeito, Carlos Goulart, que teria oferecido dinheiro para não levar o processo adiante.

Um vídeo mostra um suposto encontro entre o denunciante e Francisco Carlos, onde o prefeito teria oferecido mais uma vez uma determinada quantia de dinheiro para que o processo fosse retirado.

Ministério Público – Segundo o presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), após analisar o caso, a denúncia foi encaminhada esta semana ao Ministério Público. “Chegamos à conclusão que a Câmara não tem mais o que fazer diante desta questão, e este ato não representa improbidade administrativa do prefeito, pois, além de Chesmam não ser servidor e não possuir portaria em seu nome, essa é uma discussão entre terceiros e referente à um período de campanha eleitoral”.

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