Agora presidente, Evangelista promete varredura em contas deste ano na Câmara

Com contrato de higienização investigado pela Seccold, Legislativo de Guará garante ainda não ter recebido notificação para comissão de ética

Marcos Evangelista, que assumiu a presidência após afastamento de Celão; Casa não recebeu notificação (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá 

O vereador Marcos Evangelista (PL) assumiu a presidência da Câmara de Guaratinguetá após o afastamento de Marcelo Coutinho, o Celão (PSD). Evangelista presidiu a última sessão e prometeu voltar a atenção para o fechamento de contas e folha de pagamento deste ano na Casa.

O vereador assumiu a função após a determinação de afastamento de Celão, um dos investigados na operação OverCharge, dirigida pelo Seccold (Setor Especializado no Combate aos Crimes de Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro). A operação foca um contrato assinado pela Casa com uma empresa que prestou serviços de higienização durante o período de quarentena.

“Isso envolve o fechamento da folha de pagamento, administração dos contratos, fechamento financeiro. São situações, várias, que vou tomar ciência para dar encaminhamento adequado ao que tem que ser feito”, destacou Evangelista, que permanecerá na função até o fim do ano.

Ele destacou que nenhuma notificação direcionada à Comissão de Ética da Câmara chegou até o momento. O recesso parlamentar está agendado para o próximo dia 15 e os serviços no Legislativo serão interrompidos em 18 do mesmo mês. “Ainda não me foi solicitado nada em relação aos contratos em vigor. Mas me reuni com o diretor administrativo para estabelecer algumas estratégias para concluir de forma coerente o ano financeiro, obviamente com toda transparência e cuidado possível com os contratos que estão em vigor”, ressaltou.

Celão – Investigado pela Seccold, o vereador encaminhou uma nota informando que não poderia comentar as investigações, pois elas estão sob segredo de justiça. Ele afirmou que encaminhou uma resposta ao Ministério Público do Estado de São Paulo com “todos os esclarecimentos a respeito dos fatos”.

Celão continua exercendo o mandato, mas sem ocupar as funções da Presidência da Casa. A investigação teve origem após denúncias de possível superfaturamento na contratação de uma empresa que realizou higienização de dois prédios do Legislativo.

Em novembro, a Overcharge já havia levado à prisão de dois investigados e rastreado documentações em seis endereços pela cidade. Entre os crimes investigados, apontamento de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e crime continuado.

Segundo os delegados responsáveis pela investigação, o valor pago pela Câmara nos serviços foi próximo de R$ 691.940.

 

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