Aeroporto de Guará volta a receber apenas voo militar

Aeronáutica retoma administração, compartilhada desde 2014

EEAer de Guaratinguetá; mudança no aeroporto (Foto: Reprodução)
EEAer de Guaratinguetá; mudança no aeroporto (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O aeroporto Edu Chaves, de Guaratinguetá, não poderá mais receber voos civis a partir de 29 de março. Foi publicada uma determinação que permite que apenas aeronaves militares pousem no aeródromo da EEAer (Escola de Especialistas da Aeronáutica).

A exclusão foi motivada pelo pedido da Prefeitura, em 2017, para que a administração e manutenção do aeroporto fossem de exclusiva responsabilidade da EEAer, o que era feito até 2013.

Em 2014 houve uma grande movimentação para que as responsabilidades com a manutenção do aeroporto fossem divididas, através de uma administração mista entre Prefeitura e Aeronáutica. Na época, a intenção do Executivo era fomentar o desenvolvimento e o turismo em Guaratinguetá e sua microrregião.

Aeronáutica e município dividiram obrigações como pintura e recapeamento, mas desde 2014, apenas a Aeronáutica investiu no espaço que era de sua responsabilidade. No ano passado, o prefeito Marcus Soliva (PSB) e os líderes do Executivo chegaram a conclusão que a manutenção por parte do município era muito onerosa.

Foi feito um pedido junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o controle do aeroporto fosse devolvido integralmente à EEAer. A solicitação foi acatada, de acordo com um documento apresentado pelo vereador Fabrício Dias (PMDB), que é suboficial da reserva. Com a mudança, apenas voos militares deverão pousar no aeródromo Edu Chaves.

“Nós estamos com uma cabeceira interditada por falta de manutenção. Não se pode fazer pouso ou decolagem por problema no asfalto. Há um risco de usar esse espaço e se acidentar. Tem sido utilizada outra cabeceira, em condição melhor, mas isso é derivado à ausência de manutenção. Conversei com o Brigadeiro e já está providenciando verba para isso, porque a partir de março é ele que terá que arrumar”, ressaltou Dias.

MunicípioO prefeito interino de Guaratinguetá, Régis Yasumura (PSB) confirmou a informação do pedido pelo encerramento do convênio. Questionado se houve investimento da Prefeitura em 2017, ele explicou o sistema. “Os valores são algo em torno de milhões. A manutenção não é barata, a parte de luminosidade, elétrica, pista é inviável. Não temos valores exatos, porque não foi feito nada especificamente”, citou.

O relatório apresentado por Fabrício Dias aponta que a data de expedição da mudança de permissão para uso exclusivamente militar, foi em 19 de dezembro. A partir da meia-noite de 29 de março, apenas voos militares poderão pousar em Guaratinguetá.

Dias assegurou que, em conversa com o brigadeiro Jaime Ferreira Junior, foi assegurado que os militares que trabalham no aeródromo não serão transferidos para outras unidades após a determinação. A preocupação existia devido à baixa demanda de serviço sem os voos civis. Ainda de acordo com Dias, o Brigadeiro garantiu que a empresa Novaer permanecerá instalada nas dependências do aeroporto.

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