Servidores da prefeitura de Cruzeiro perdem benefício

Decisão judicial atinge mais de 200 funcionários

Da redação
Cruzeiro

A prefeitura de Cruzeiro foi obrigada a cortar o benefício de mais de 200 servidores municipais, causando um mal estar em toda administração, já que alguns funcionários contavam com esses valores para se manter e, no dia do pagamento, se deram conta que sem o benefício e em meio a crise, a situação ficou insustentável. Vários desses funcionários adquiriram ao longo do ano empréstimos consignados (descontados em folha) e sem o benefício receberam valores muito baixos. Há quem alega ter recebido apenas R$ 50 de vencimento esse mês.

Apesar do corte ter sido realizado no pagamento desse último dia 01, a prefeitura já havia alertado os funcionários que isso poderia acontecer há dois meses, quando divulgou a informação de que o TC-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) havia apontado que os benefícios concedidos de 1997 em diante eram ilegais.

Depois disso, durante dois meses houve a expectativa de que o sindicato e até os próprios servidores conseguissem reverter na justiça a decisão, mas isso não aconteceu e, nesse mês, a justiça definiu que a prefeitura não poderia mais pagar os valores, que chegam a R$ 200 mi.

O prefeito Rafic Zake Simão fez questão de se reunir com a maioria desses funcionários no dia do pagamento para explicar que a decisão do corte não partiu de sua administração, mas sim de uma decisão judicial que considerou a lei que criou o benéfico, em 1997, inconstitucional.

O presidente do sindicato dos servidores de Cruzeiro, Gilmar de Abreu Alves, disse que os funcionários já esperavam que o problema acontecesse, confirmando que a decisão já havia sido comunida pela prefeitura com antecedência. “Há mais ou menos dois meses fomos comunicados que haveria um corte. A administração alegou que o tribunal de contas havia apontado irregularidades”.

Alves ressaltou que a partir de agora é continuar tentando encontrar uma saída para reverter essa situação ou, no mínimo, criar outros meios de incorporar gratificações para esses servidores. “O sindicato passou o dia todo conversando com a justiça, levantando a possibilidade de conversar junto com a prefeitura para criar quem sabe um projeto novo, para que os servidores não percam o benefício”.

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