Santa Casa de Cruzeiro volta a parar por salários

Com repetição de problemas, médicos alegam atraso no pagamento e falta de condições de trabalho

Viatura da Polícia Civil, em frente a entrada principal da Santa Casa de Cruzeiro; denúncias e protestos contra más condições de trabalho (Maria Fernanda Rezende)
Viatura da Polícia Civil, em frente a entrada principal da Santa Casa de Cruzeiro; denúncias e protestos contra más condições de trabalho (Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

Médicos plantonistas pararam o atendimento na Santa Casa de Cruzeiro, na noite da última sexta-feira. Segundo eles, há semanas não recebem o pagamento e trabalham sem condições de oferecer um atendimento adequado.
De acordo com um funcionário da enfermagem, os médicos estavam trabalhando com pouco recurso material e de medicamentos. “Quando a administração é procurada, só dizem que há pouco dinheiro para muitas dívidas” comentou.No boletim de ocorrência feito pela diretora administrativa da Santa Casa, Maurian Beatriz Triches Ramos, consta que no fim da tarde de sexta-feira ela foi procurada pelos quatro médicos de plantão, que disseram que iriam fechar a Santa Casa e Pronto Socorro por falta de pagamento. Informada sobre o caso, a secretária de Saúde do munícipio, Ana Inês Costa, apoiou a decisão dos médicos e orientou que o Pronto Socorro fosse fechado.
A população foi direcionada ao pronto atendimento na Vila Paulo, que está funcionando 24 horas. No final de semana, a unidade contava com apenas dois clínicos gerais para atender toda demanda de pacientes. Segundo pacientes que necessitaram de atendimento, houve espera de até quatro horas.
Na Santa Casa, o serviço seguiu normal para os pacientes internados. Funcionários afirmam que nesta terça-feira o atendimento para casos de urgência e emergência já estava normalizado.
Crise financeira – Ainda no mesmo dia da paralisação, a entidade teve suas contas bloqueadas pela Justiça, em virtude de processos antigos. Há mais de um ano o hospital enfrenta problemas com dívidas (que já ultrapassaram os R$ 22 milhões) e mudanças na direção.
Entre greves de funcionários e protestos da população, a situação ainda não foi resolvida, prejudicando o atendimento de famílias de Cruzeiro e Vale Histórico.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?