Moradores de Cruzeiro revivem problema de creche abandonada

Construção, avaliada em R$ 500 mil, foi paralisada em 2012; local se transforma em alvo de vândalos e de usuários de drogas

Allan Torquato – Cruzeiro

Um ano após a retomada das obras da creche da Vila Romana, moradores enfrentam os mesmos problemas com o abandono do local. A construção voltou a ser paralisada há um mês, e o prédio passou a ser ponto de usuários de drogas e atividades ilícitas. O imóvel, avaliado em R$ 500 mil, deveria ter sido entregue em setembro de 2012.

Em pouco mais de um mês, o prédio já foi alvo de vândalos. As pias instaladas no interior da construção foram saqueadas e o mármore de balcões e prateleiras quebrados. Segundo moradores, o material que seria utilizado na obra também foi levado. Além disso, o entulho que acumula ao redor da obra vem atraindo animais.

No piso é possível encontrar indícios de que o espaço é utilizado por usuários de drogas. Em 2013, duas motos roubadas foram encontradas em uma das salas da creche. A cobrança é que um muro seja feito no entorno do prédio para inibir a entrada de invasores.

A dona de casa, Sebastiana Teodoro, de 64 anos, contou que uma “festa” teria acontecido dentro do prédio e que menores estariam praticando sexo durante a noite no interior da construção. Ela disse ainda que um guarda da empresa responsável pela construção vigiava a obra, mas que há um mês ninguém realiza a segurança no local.

A preocupação da moradora é com os netos, que brincam no interior do prédio, em meio ao entulho e aos materiais deixados pelos usuários. “Às 19h temos que trancar tudo. Nossas crianças não podem brincar na rua. Estamos presos dentro de nossas casas”, afirmou Sebastiana.

O prédio atenderia a 250 crianças. A dona de casa, Marta Gonçalves, de 18 anos, olha com tristeza para a construção. Ela, que tem uma filha de dois anos, gostaria de poder usufruir da creche em frente a sua residência, mas a cada dia que passa ela desacredita ainda mais na possibilidade. “É uma bagunça lá dentro. Fica cheio de gente à noite. É ruim ter a creche perto, mas que não está acabada”, desabafou.

Prefeitura – A reportagem do Jornal Atos procurou a administração municipal para comentar o assunto, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

 

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