Manifestos interditaram estrada no Bairro Várzea Alegre em Cruzeiro

Moradores reclamam do movimento intenso e imprudente caminhões que chegam e saem da empresa Maxam

Caminhão usa estrada de acesso do bairro Várzea Alegre para chegar a Maxan; moradores cobram atenção ao local (Maria Fernanda Rezende)
Caminhão usa estrada de acesso do bairro Várzea Alegre para chegar a Maxan; moradores cobram atenção ao local (Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

A população do bairro Várzea Alegre, em Cruzeiro, realizou nas últimas semanas, dois manifestos contra danos e perigos do tráfego, em alta velocidade, de veículos que transportam cargas para a empresa Maxam, fabricante de explosivos.

A ponte que dava acesso a outro sentido da estrada, está obstruída desde que uma enchente causou alterações na estrutura, não oferecendo segurança para a passagem de veículos pesados. Desde então, a circulação de caminhões entre a rodovia e a empresa, mudou para a extensão da estrada que passa pela área mais povoada do bairro.

O peso dos veículos tem formando buracos por toda área asfaltada e a imprudência do excesso de velocidade causou danos à um poste e um muro.

Fogueira interdita estrada durante protesto da última quarta-feira (Colaboração)
Fogueira interdita estrada durante protesto da última quarta-feira (Colaboração)

“Eles (os caminhões) passam correndo aqui, estavam derrubando poste, muro. Ali na quadra, derrubaram o poste principal de luz e não deram jeito. Também está dando muita poeira. Não tem horário, o dia inteiro e noite inteira passa caminhão aqui”, comentou a moradora Taís Toledo.

Além das danificações, as famílias do bairro também reclamam do tipo de carga que transita próximo às casas, uma vez que para a fabricação de explosivos é necessário o uso de materiais tóxicos.

“Passa caminhão carregado de ácido e por causar problema à saúde, acho que não poderia trafegar direto em área urbana. Tem sempre que passar numa área que tem menos pessoas. Aqui passa caminhão carregado com explosivo, com resíduos industriais e mais matéria prima para ela (a fábrica). A estrada é pequena, as casas são todas próximas, na beira da estrada”, contou Alan Figueiredo.

De acordo com o Decreto Federal n° 96.044/88, veículos que transportam produtos perigosos deverão evitar o uso de vias em áreas bastante povoadas, como assim disposto no nono artigo.

Promessas – Em nota, a Prefeitura afirmou que em reunião com os moradores e representantes da Maxam, propôs melhorias para o local. Entre elas, a recuperação das pontes que acessam o bairro, através de uma PPP (Parceria Público Privada) com a empresa.

Quanto ao excesso de velocidade dos caminhões, o Departamento de Trânsito se comprometeu a fiscalizar com maior rigor o cumprimento da legislação. Na ocasião, a empresa também prometeu realizar um trabalho de conscientização com os motoristas.

Um caminhão de água deverá ser utilizado para amenizar a poeira que chega até as casas, durante esse período de estiagem. A redação do Jornal Atos não obteve respostas da empresa Maxam até o fechamento desta edição.

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