Imbróglio mantém paralisada obra de centro de saúde em Cruzeiro

Com saúde em crise, município tenta retomar reforma para implantar atendimento

Placa de informação da reforma do Centro de Saúde, que aponta para segundo prazo da obra extrapolado (Francisco Assis)
Placa de informação da reforma do Centro de Saúde, que aponta para segundo prazo da obra extrapolado (Francisco Assis)

Da Redação
Cruzeiro

Uma obra paralisada há meses tem aumentado a desconfiança da população quanto ao investimento na saúde de Cruzeiro. A reforma do Centro de Saúde (que também receberia a Farmácia Municipal) já extrapolou seu segundo cronograma e aguarda a retomada do processo paralisado pela burocracia entre o Governo Federal e a administração municipal.
A obra na rua Coronel Joaquim do Prado, a Rua 10, segue paralisada. De avanço, apenas o mato que cerca a estrutura, ao lado do Proama (Programa de Atendimento as Mães Cruzeirenses).
A reforma, implantada em 2011, seria orçada por verba federal, em convênio firmado com o Ministério da Saúde, através da Caixa Econômica Federal, mas de acordo com a secretaria de Planejamento e Obras, “problemas burocráticos referentes ao convênio bloquearam o repasse do restante da verba, que colocaria em funcionamento a Farmácia Municipal no local”.
O trabalho foi retomado em 2015, durante o período em que a cidade foi governada por Rafic Simão (PMDB). O planejamento do então (atual vice) prefeito era de que a reforma, reiniciada em setembro, fosse entregue em noventa dias (dezembro de 2015), com orçamento municipal de R$ 86.706,15. Mas com a volta de Ana Karin de Almeida (PRB) à Prefeitura, a reforma foi novamente paralisada.
Para quem passa pelo local, o prédio em obras paradas só aumenta o sentimento de descaso com a saúde pública. Em uma das deterioradas paredes, chama a atenção a pichação com a palavra “vírus”. “Essa obra está aí já faz uns três meses. Começa e para, começa e para, e nunca vai pra frente. Já mudaram essa placa, mas já passou de novo do prazo”, contou o vendedor João Carlos Silva, enquanto observada a situação do prédio pela grade. “É ruim porque tem tanta coisa que a população está precisando, principalmente na saúde, porque não tem Santa Casa e falta esses postos também”, lamentou.
O atendimento do centro, com consultas de clínico geral, foi deslocado para o ARE (Ambulatório Regional de Especialidades), na avenida Minas Gerais, no Segundo Retiro da Mantiqueira.
O Executivo garante que tem se esforçado para retomar a reforma, mas ainda não obteve nenhum sucesso junto à Caixa. A Prefeitura iniciou análise orçamentária da proposta da sede para a Farmácia, a pedido da prefeita, para que todo serviço possa ser retomado com recursos próprios do município.
Sobre o Centro de Saúde, a Administração Municipal não tem previsão da volta das obras, mas adiantou que “o caso já está sob análise jurídica, para que, em breve, possa ser incluído no orçamento da secretaria de Obras para finalizar o serviço”.

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