Cruzeiro busca aval para construção de estação de tratamento de esgoto

Apenas 3% dos resíduos são tratados na cidade, que prevê investir até R$ 12 milhões

Reunião na secretaria estadual de Meio Ambiente sobre os últimos detalhes para construção da ETE em Cruzeiro (Foto: Reprodução PMC)

Da Redação
Cruzeiro

A Prefeitura de Cruzeiro anunciou na última segunda-feira (1) avanços nas tratativas com o Governo do Estado para a liberação da construção de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de grande porte. Orçado em cerca de R$ 12 milhões, o complexo é a aposta do Executivo para viabilizar o saneamento de 90% dos resíduos produzidos na cidade.

De acordo com o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), atualmente Cruzeiro possui quatro ETE’s de pequeno porte, que tratam apenas 3% do esgoto do município.

Já que não conta com uma estrutura adequada em saneamento básico, cerca de 97% dos resíduos sem tratamento são lançados no córrego da Barrinha, um dos afluentes do Rio Paraíba do Sul.

Tentando reverter o cenário, a direção da autarquia e a Prefeitura iniciaram em junho de 2019 as tratativas com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em busca do aval para a implantação de uma ETE na cidade, capaz de tratar até 90% do esgoto.

Após apresentar o projeto de construção e demais documentos solicitados pelo órgão regulador ao longo do último ano, os representantes de Cruzeiro se reuniram em São Paulo com o secretário estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcos Penido.

Além do prefeito, Thales Gabriel Fonseca (PSD), a comitiva de Cruzeiro foi formada pelo vice-prefeito Paulo Scamilla e o vereador Paulo Filipe Almeida (DEM).

Em nota oficial, a Prefeitura revelou que foi informada por Penido que o pedido de Cruzeiro entrou em fase final de análise, podendo em breve ser liberado. Para a atual gestão municipal, o ato simboliza uma sinalização positiva por parte do Estado.

Além de ressaltar a necessidade da implantação de uma ETE de grande porte, o diretor-geral do Saae, José Kleber Lima, revelou a expectativa para a conclusão da obra, caso ela seja aprovada pela Cetesb. “Este importante avanço na questão do tratamento de esgoto seria fundamental para garantir uma melhora na saúde pública e na preservação do meio ambiente, como a redução da poluição no Rio Paraíba. O projeto prevê que a implantação da ETE seja concluída em até 18 meses”.

Uma nova reunião entre os representantes do Saee e da Cetesb está prevista para ocorrer na próxima semana. Caso obtenha o aval estadual, o complexo será construído na região central da cidade, às margens do Rio Paraíba.

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