Cruzeiro atende famílias afetadas e busca se resguardar contra fortes chuvas

Cidade foi alvo de enchente no último dia 13; água que invadiu casas causou perdas de móveis e mantimentos

Parte interna de uma das casas que foram atingidas pela forte chuva na última semana em Cruzeiro (Foto: Colaboração / Dayana Ramos)
Parte interna de uma das casas que foram atingidas pela forte chuva na última semana em Cruzeiro (Foto: Colaboração / Dayana Ramos)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

As chuvas tem castigado a região nas últimas semanas. A última ocorrência grave aconteceu em Cruzeiro, no último dia 13, quando uma tempestade inundou as ruas da região central da cidade. A forte chuva causou enchente em vários pontos da cidade e assustou moradores que tiveram suas casas invadidas pela água. A Prefeitura tenta se organizar para evitar novos estragos.

Móveis molhados, roupas e mantimentos arrastados, foram alguns dos prejuízos. A chuva, que durou aproximadamente uma hora e meia e atingiu o acumulado de 65 mm, levou moradores a correr para evitar mais perdas. Lídia Ferreira, que mora no bairro Santa Luzia, disse que se assustou com a rapidez com que a água entrou e começou a subir em sua casa.

“Foi muito rápido mesmo. Quando começou a chover forte, foi o tempo de eu tirar as gavetas que ficavam na parte de baixo do guarda-roupas e colocar algumas coisas em cima da cama. Não consegui salvar mais do que isso, porque fiquei com medo e saí de casa”, relatou Lídia.

Quatro dias após o ocorrido, ela organiza ainda o que sobrou dos seus móveis. Na calçada de sua casa, ainda está o armário destruído e outros objetos pessoais que não poderão mais ser usados. Dentro da casa, o que sobrou está sendo limpo aos poucos. As roupas da criança de apenas um ano, estão organizadas na sala, pois os móveis antes usados ainda estão úmidos.

Segundo a Defesa Civil, as pessoas vitimadas estão sendo assistidas pela secretaria de Desenvolvimento Social. Apesar do grande transtorno, o município não entrou em situação de emergência.

A situação de alagamento é comum em parte das ruas centrais, mesmo quando há chuvas em menor volume. A agente de Defesa Civil, Michelle dos Santos, explicou que há uma grande deficiência de drenagem de águas pluviais no município.

Neste período crítico, com previsões de chuvas fortes, até 31 de março a Defesa Civil está inserida no PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil). Michelle esclareceu que para Cruzeiro entrar em estado de alerta, é necessário atingir o acumulado de 80mm em 72 horas. “Temos que fazer as vistorias de campo nos lugares propícios a escorregamento e deslizamento, pois a partir deste acúmulo o solo perde sua coesão. Temos que mudar a nossa cultura e trabalharmos mais na prevenção”, ressaltou.

De acordo com a previsão do tempo do CPTEC/Inpe para a cidade, apesar da probabilidade de chuva variar de 80% a 90% até o domingo, com pancadas de curta duração no período da tarde.

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