Coleta de lixo volta a ser alvo de críticas por atraso em Cruzeiro
Prefeitura alega que problema foi pontual e já está normalizado; em um ano administração ainda não conseguiu realizar licitação
Rafael Rodrigues
Cruzeiro
A semana começou com transtorno para moradores de diversos bairros de Cruzeiro, por conta do atraso na coleta de lixo na cidade. Nas redes sociais, os internautas não pouparam críticas à Prefeitura, agravadas pelas chuvas dos últimos dias.
A secretaria de Governo, Obras e Meio Ambiente reconheceu a falha e atribuiu o atraso no recolhimento do lixo doméstico em Cruzeiro a problemas mecânicos dos caminhões. O secretário José Kleber Silveira garantiu que a falha mecânica foi pontual e não era esperada pela empresa responsável pelo serviço. “Na segunda-feira, devido as chuvas, o aterro em Cachoeira Paulista ficou intransitável e o caminhão atolou, quebrando algumas peças e atrasando esse veiculo. E, coincidentemente, outro caminhão teve problemas no câmbio”.
Ainda de acordo com o responsável pela pasta, já na quarta-feira todo problema havia sido resolvido e a coleta estava 100%.
Atualmente, o serviço de recolhimento de lixo doméstico de Cruzeiro é feito pela empresa Carfilub Logística. Após quase um ano, o governo ainda não conseguiu realizar uma licitação para contratar uma empresa definitiva.
Em 2017, essa é a segunda empresa que está contratada de maneira emergencial para realizar a coleta em Cruzeiro. Kleber confirmou que desde o inicio do ano a administração tentou por duas vezes realizar o certame, mas sem sucesso, e que o contrato da maneira como está atualmente deve continuar. “Esse contrato, que começou em abril, está nos trâmites emergenciais. Nós tivemos duas tentativas de licitações, mas todas foram impugnadas, agora está marcado um novo certame, e o contrato fica até a licitação acontecer”.
A Prefeitura desembolsa aproximadamente R$ 300 mil por mês para que a coleta de lixo seja feita. De acordo com o secretário, somente o pagamento do aterro sanitário em Cachoeira Paulista custa aos cofres públicos de R$ 80 mil a R$ 100 mil mensais.
Ele disse ainda que a empresa contratada sem licitação até o momento recebe em torno de R$ 200 mil reais por mês para prestar o serviço.
A Prefeitura informou também que a intenção é conseguir, em todas as áreas da cidade, criar os chamados PEV’s (Plano de Entrega Voluntarias de Resíduos). “A empresa contratada disponibiliza um caminhão com caçambas que estão locadas em alguns pontos da cidade. Temos a intenção de ampliar esse serviço, fechando as quatro zonas da cidade, para que cada local tenha um ponto de entrega para o munícipe descartar materiais de construção civil, por exemplo”, explicou o secretário.
