Câmara abre CIP contra Thales Gabriel por compra de microfones

Vereador e candidato a prefeito enfrenta CIP em meio à corrida eleitoral

Na Câmara de Cruzeiro, chumbo trocado acabou com abertura de comissão processante contra Thales (Foto: Arquivo Atos)
Na Câmara de Cruzeiro, chumbo trocado acabou com abertura de comissão processante contra Thales (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Cruzeiro

O candidato à prefeitura de Cruzeiro, o vereador Thales Gabriel Fonseca (SD) é alvo de investigação da Câmara após ser denunciado por um morador da cidade de ter possivelmente cometido irregularidades na compra de equipamentos para Casa, em 2013, quando ocupava a cadeira de presidente do Legislativo. A CIP (Comissão de Investigação e Processante) foi aberta na sessão desta última segunda-feira, por 4 votos a 3.
Os vereadores Marco Aurélio (DEM) e Carlos Roberto (DEM) não estavam presentes, e o presidente da Casa, vereador Diego Miranda (PSDB), não vota.

Além do voto do próprio Thales Gabriel, os vereadores Charles Fernandes (PR) e Mário Notharangeli (Solidariedade) também foram contrários a abertura da CIP. Já os vereadores Juarez Juvêncio (PSB), Sergio Antônio dos Santos (PRB), ambos também candidatos à prefeitura de Cruzeiro, Antônio Carlos Marciano (PROS) e Antônio Tavares (PMB) foram favoráveis à investigação. O último causou surpresa, já que compõe a coligação que apoia o investigado na campanha ao Executivo.

De acordo com a denúncia apresentada pelo morador, Gabriel teria adquirido, na época em que presidia a Casa, vários equipamentos, entre os quais alguns microfones, no valor de aproximadamente R$ 4 mil, entretanto apesar de discriminados, os produtos entregues foram diferentes.
Além disso, o valor dos produtos também apresenta diferença, segundo a denúncia.

O orçamento apresentado para cada unidade do microfone era de R$ 460, valor que segundo o denunciante consta na nota fiscal, enquanto que o preço do microfone entregue, nos dias de hoje, é de aproximadamente R$ 200, ou seja, menos da metade do preço.
Antes do sorteio para a formação da comissão, Thales Gabriel pediu que Marciano fosse retirado do grupo que poderia formar a investigação. “Ele é meu inimigo declarado”, argumentou.

Apesar da derrota desta última segunda-feira, o vereador Thales Gabriel tem a seu favor a escolha dos membros que irão realizar a investigação. Por sorteio, realizado na própria Casa, os escolhidos para compor a comissão são os vereadores Mário Notharangeli, como presidente, Charles Fernandes como relator e Antônio José Tavares como membro, todos que fazem parte do grupo político que apoia Gabriel nas eleições.
“As eleições começaram. A campanha começou, mas aquela que a população está desprezando… Tem gente aqui que se acha, que tem voto, mas a população não quer e a Câmara não precisa”.

De acordo com o vereador investigado, o morador que assinou o pedido de abertura da CIP seria laranja do autor da denúncia. “O munícipe que assinou não pediu nenhuma documentação na Casa. Essa documentação saiu daqui por alguém que não teve coragem para assinar. Isso se chama laranja”.

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