Após semanas de paralisação, Cruzeiro retoma coleta de lixo com nova empresa

Decisão emergencial devolve despejo a aterro municipal; local não tem licenciamento para uso

Coleta de lixo realizada pela empresa contratada em caráter emergencial pela Prefeitura de Cruzeiro; Câmara questiona contratação (Foto: Maria Fernanda Rezende)
Coleta de lixo realizada pela empresa contratada em caráter emergencial pela Prefeitura de Cruzeiro; Câmara questiona contratação (Foto: Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

Depois de meses de constantes suspensões na coleta de lixo, uma nova empresa foi contratada para o trabalho em Cruzeiro. A normalização do serviço não resolveu todos problemas relacionados ao lixo. Os dejetos voltaram a ser despejados no antigo aterro municipal, interditado desde 2011.

A Ecopav, empresa que deixou o trabalho na cidade, sofria atrasos no pagamento por parte da Prefeitura. Esse foi o motivo que levou a prestadora de serviço a desfazer o contrato.

Nas semanas em que a coleta não foi feita, a população sofreu com os transtornos. Sacos de lixo eram amontoados pelas ruas, os que ficavam no chão, atrapalhavam a passagem de pedestres e muitas vezes eram rasgados por cachorros e espalhados.

O mau cheiro causado pelo acúmulo dos restos era um dos principais incômodos para a população, que também se preocupava com os possíveis problemas de saúde que a situação poderia causar.

Segundo a Prefeitura, a troca de empresa ocorreu devido ao vencimento do contrato com a Ecopav e a nova empresa, FortNort – Desenvolvimento Ambiental Urbano Ltda., foi contratada em caráter emergencial.

A Câmara informou que a contratação da nova empresa não passou por análise da Casa, já que foi feita por meio de Ato Discricionário, que garante ao Executivo uma margem de liberdade de decisão e escolha, dentro da lei.

O presidente da Câmara Diego Miranda (PSDB) reiterou que irá enviar um requerimento de informação à Prefeitura para que as dúvidas sejam sanadas.

Com a promessa de uma solução, mesmo que paliativa, a Prefeitura deve focar as atenções agora para o local onde todo o lixo é despejado. O aterro sanitário municipal, que está interditado para uso há cinco anos, voltou a ser utilizado no último dia 28.

De acordo com a Prefeitura, o aterro de Cachoeira Paulista, que recebia o lixo de Cruzeiro, não renovou contrato de prestação de serviços. O de Jambeiro não demonstrou interesse em contratar com o Executivo, e o aterro de Tremembé ainda avalia tecnicamente o caso.

Sem opções de outros locais licenciados na região, foi delimitada uma área dentro do antigo aterro municipal de Cruzeiro, que ainda é o único local da cidade que poderia receber provisoriamente o material sólido domiciliar.

A decisão foi tomada em conjunto com a secretaria do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente, após comunicação à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

A Prefeitura garantiu que a medida é temporária e foi tomada como forma de evitar uma situação de calamidade. A administração informou ainda que aguarda a contratação de um novo aterro sanitário para o despejo de forma devida do lixo domiciliar.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?