Prejudicados há mais de 25 anos, famílias cobram entrega de escrituras em Canas

Moradores do Santa Terezinha criticam lentidão da Prefeitura; 150 casas estão sem documentação

Moradores do Santa Terezinha esperam há anos a documentação das casas do bairro, prometida pela Prefeitura, e melhorias no local (Foto: Lucas Barbosa)
Moradores do Santa Terezinha esperam há anos a documentação das casas do bairro, prometida pela Prefeitura, e melhorias no local (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Canas

Há mais de 25 anos cobrando a regularização das escrituras de cerca de 150 casas no Santa Terezinha, em Canas, os moradores ainda não foram atendidos pelo poder público. Além da desvalorização dos imóveis, famílias relatam as dificuldades que enfrentam ao tentar alugar e vender os imóveis.

No início da década de 1990, o proprietário do terreno, que atualmente abriga o Santa Terezinha, decidiu realizar o loteamento da área. O espaço foi comercializado através de contratos simples de compra e venda, com a expectativa de que na sequencia a Prefeitura concedesse as escrituras dos imóveis, o que fatalmente não ocorreu até hoje.

O aposentado, Almir Albino, 43 anos, revelou que a esperança em conseguir a documentação cresceu em 2015, quando o prefeito Lucemir do Amaral (PSDB), que substituía o cassado Rinaldo Zanin, o Naldinho (PDT), anunciou que o processo de regularização estaria em fase final, através do programa Estadual, Cidade Legal. “Não entendo porque até hoje não conseguiram a regularização dos documentos, e o pior é que ninguém da Prefeitura vem nos dar uma satisfação. Mesmo colocando à venda por um preço baixo, ninguém quer comprar os imóveis porque não tem documento. É revoltante essa demora para dar uma solução nesse problema”, reivindicou o aposentado Almir Albino, 43 anos.

Para o comerciante Itamar José Gonçalves, 58 anos, além de garantir maior segurança documental às famílias, a regularização das residências contribuiria para a melhora da infraestrutura das ruas do Santa Terezinha. “Acredito que se fosse regularizado, ficaria mais fácil para o governo investir aqui. As ruas estão cheias de mato e não tem um lugar legal para as crianças brincarem. Sobre documentação, os moradores daqui só tem contrato de gaveta e sabemos que isso não traz segurança alguma”.

Resposta – O Jornal Atos encaminhou uma série de perguntas à Prefeitura de Canas, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada.

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