“Esquecidos”, moradores do São Judas reivindicam melhorias de infraestrutura

Problemas vão desde rachaduras até vazamento de esgoto; aparição de animais peçonhentos assusta famílias

Mãe e filho que formam uma das famílias afetadas pelo falta de atenção com o São Judas, em Canas (Foto: Lucas Barbosa)
Mãe e filho que formam uma das famílias afetadas pelo falta de atenção com o São Judas, em Canas (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Canas

“Ninguém se importa com a gente”. Essa é a frase da moradora do residencial São Judas Tadeu, em Canas, Maria de Fátima Cabral, 31 anos, que define a negligência do poder público diante de uma série de problemas de infraestrutura que afetam o bairro.

Além de um sistema de esgoto falho, as famílias são obrigadas a conviver em suas casas com rachaduras e a aparição de animais peçonhentos.

Mesmo após três anos da entrega das trinta casas, construídas através do programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, o São Judas Tadeu continua sofrendo com a falta de estrutura adequada.

As residências foram entregues, em maio de 2014, pela gestão do ex-prefeito Rinaldo Zanin, o Naldinho (PDT). Na época, os contemplados revelaram que tiveram que custear a instalação dos postes de energia.

Dois anos depois, uma nova matéria mostrou as dificuldades diárias enfrentadas pelos moradores devido a uma série de problemas como: falta de pavimentação, rachaduras nos imóveis, proliferação de animais peçonhentos, ausência de áreas de lazer e rede de esgoto precária.

Para o desespero das famílias da região, o cenário praticamente não mudou de lá para cá. “Não aguentamos mais viver em um lugar como esse. Meu filho e outras crianças já ficaram doentes por causa do esgoto, que acaba encharcando a rua, já que as caixas não foram bem feitas. Sei que não foi o Lucemir que nos entregou aqui desse jeito, mas agora precisamos que ele tome uma providência para nos ajudar”, reivindicou a dona de casa Maria de Fátima Cabral.

Ao lado do São Judas Tadeu, está sendo construído um conjunto habitacional. A dona de casa, Elisabete Buzzato, 64 anos, questionou a obra. “Se a situação aqui da região está péssima, porque a Prefeitura vai trazer ainda mais gente pra cá. Essa semana mesmo tive que matar uma aranha dentro de casa. Infelizmente, já virou rotina achar rato e escorpião pelo bairro, uma vizinha já matou até cobra. Estamos esquecidos aqui”.

Resposta – O Jornal Atos solicitou posicionamento da Prefeitura sobre os problemas no residencial São Judas Tadeu, mas até o fechamento desta edição os questionamentos não foram respondidos.

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