Sindicato “desiste” da Prefeitura e greve da saúde segue em Cachoeira

Paralisação dos funcionários da Santa Casa chega a um mês sem acordo e sindicalistas procuram Tribunal Regional do Trabalho

Funcionários da saúde e Sindicato de Cachoeira fazem passeata nas ruas da cidade; sem acordo com a Prefeitura, Justiça do Trabalho foi acionada para reverter situação (Foto: Estéfani Braz)
Funcionários da saúde e Sindicato de Cachoeira fazem passeata nas ruas da cidade; sem acordo com a Prefeitura, Justiça do Trabalho foi acionada para reverter situação (Foto: Estéfani Braz)

Da Redação
Cachoeira Paulista

A saúde de Cachoeira Paulista continua funcionando sob o impasse da greve dos funcionários da Santa Casa. A paralisação para cobrar salários e direitos trabalhistas atrasados ainda não tem expectativa para o fim e as manifestações seguem na cidade.

Os funcionários iniciaram uma greve há quase um mês. Na manhã da última sexta-feira, uma passeata foi realizada para chamar a atenção da população.

Cerca de trinta profissionais e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde se uniram na manifestação com faixas, cartazes e até um caixão, utilizado em outras manifestações, simbolizando a morte da saúde do município. Entre as reivindicações dos trabalhadores está o pagamento dos salários em dia, o pagamento de cestas básicas e melhores condições de trabalho.

O diretor do sindicato, Martinho Luiz, informou que não vai tentar mais conversar com a Prefeitura e acionou a Justiça do Trabalho para solucionar a questão. “A dificuldade em fechar acordo, primeiro que é a dificuldade no diálogo com a Prefeitura, que está com a intervenção aqui na Santa Casa. Eles dificultam muito o diálogo. Nesse tempo de paralisação, tivemos uma tentativa de diálogo depois de uma semana de greve, foi prostrada (sic). No segundo diálogo, trouxeram propostas incompletas, que não discutia nada, só discutia salário e nós não estamos discutindo nem salário”.

Outra questão que os funcionários reivindicam são as cestas básicas que deveriam ser pagas, mas não estão sendo distribuídas desde que o direito foi conquistado. “Estamos discutindo Fundo de Garantia, férias, condições de trabalho. A última proposta veio dizendo que pagaria o salário, mas queriam se eximir de pagar as cestas básicas, que tem atrasos de seis anos e não queriam discutir estabilidade aos trabalhadores também. Por este motivo, a proposta veio numa quinta-feira e na sexta colocamos em assembleia para os trabalhadores e eles não aceitaram”.
O Sindicato afirmou que aguarda ainda a realização de uma audiência pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Dificuldade – A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com a Prefeitura de Cachoeira Paulista, que não retornou até o fechamento desta edição.

A Santa Casa de Cachoeira Paulista vem enfrentando diversos problemas há mais de um ano.
Em maio de 2015, a Vigilância Sanitária Estadual esteve visitando o hospital e fez várias exigências, chegando a fechar o setor de internações. Algumas determinações já foram cumpridas, mas outras ainda seguem em fase de finalização.

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