Projeto que tenta redução dos subsídios dos vereadores espera votação em Cachoeira

Proposta, que deve ser votada após recesso; pede R$ 1.310 para parlamentares e R$ 1.713 ao presidente

Vereadores de Cachoeira Paulista, que debatem redução de subsídios na Câmara para o próximo mandato; situação aguarda votação (Foto: Jéssica Dias)
Vereadores de Cachoeira Paulista, que debatem redução de subsídios para o próximo mandato; situação aguarda votação (Foto: Jéssica Dias)

Jéssica Dias
Cachoeira Paulista

O projeto que pede redução dos salários dos vereadores, para a Legislatura 2021 a 2024, voltou à pauta na Câmara de Cachoeira Paulista, no último dia 25. A proposta está sendo analisada pela comissão e deve entrar em votação na volta do recesso.

A cidade conta com 13 parlamentares, que têm salário de R$ 4,2 mil. A alternativa dos vereadores é reduzir o valor para R$ 1.310, e do presidente da Casa de R$5.961,35 para R$ 1.713. A folha mensal de pagamento dos parlamentares chega a R$59 mil. A ideia inicial do projeto era de reduzir para um salário mínimo (atualmente de R$ 998), mas acabou sendo reavaliado.

O texto teve como autores os parlamentares Ilwanderson de Oliveira, o Nenê do São João (PSB) e o atual presidente Dimas Barbosa (PTB). Na Casa, contou com as assinaturas de Breno Anaya (PSC), Maximilio Miranda Gonçalves de Barros, o Max Barros (DEM) e Sebastião dos Santos, o Tião do Marly (PR).

De acordo com o projeto “… A despesa com o subsídio dos vereadores de Cachoeira Paulista não poderá exceder a 5% da receita do município. A Câmara não gastará mais de 70% de sua receita com folha de pagamento…”.

“Hoje, se não houver um sacrifício por parte da classe política, vai ter uma hora que vamos ter que mandar embora assessores, ou seja, nós vamos contribuir para o indicador (desemprego) altamente negativo que a cidade conta. Nós temos o pior índice de geração de empregos”, salientou Barbosa, que relatou ainda que até 31 de dezembro de 1972 o exercício legislativo era feito de forma gratuita, e que só a partir disso passou a subsidiar o salário de vereador. “O que a gente observa é que as pessoas entram na classe política pelo salário, oportunidade e pensando que “estar vereador” é emprego. Tanto não é emprego que o vereador não é assalariado, ele é subsidiado”.

Nenê completou a posição de Barbosa destacando que o valor do subsídio não importa. “Eu estou vereador não pelo salário, então se é para ganhar R$ 1 mil, R$ 3 mil ou R$ 4 mil eu sou candidato. Não é justo eu ganhar R$ 3 mil, R$ 4 mil, e a Santa Casa estar fechada”.

A expectativa é de que o projeto entre em votação após o recesso de julho.

 

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