Pacientes voltam a denunciar falta de atendimento no Pronto Socorro de Cachoeira
Atendimento seria feito apenas em casos de emergência; baixo número de médicos irrita população
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Constante alvo de reclamações, o atendimento no Pronto Socorro de Cachoeira Paulista voltou a ser criticado pela população. Pacientes afirmam que além do baixo número de médicos, estão sendo atendidos somente casos de urgência e emergência na unidade.
As constantes reclamações de falta de médicos e materiais básicos refletem a crise financeira na Santa Casa, responsável também pelo Pronto Socorro. Desde 1998, o hospital está sob intervenção da Prefeitura, que vem obtendo resultados administrativos desastrosos, resultando numa dívida que ultrapassa a casa dos R$20 milhões. O hospital está há mais de um ano com a maternidade e centro cirúrgico fechados, obrigando os moradores a recorrerem às cidades vizinhas.
Na última semana, moradores utilizaram as redes sociais para denunciarem que desde o último dia 3 vem ocorrendo problemas no atendimento do Pronto Socorro. “Os médicos estão atendendo somente casos de urgência e emergência. Meu esposo veio aqui com dor no corpo e enjoo, mas não conseguiu ser atendido. Falaram para a gente que o único médico podia atender só se fosse algo mais grave. O problema é como vamos saber se é grave, se o médico não pode nem diagnosticar?”, contestou a empregada doméstica, Bruna Aparecida, 36 anos.
O pedreiro, Antônio Sérgio Alves, 49 anos, também demonstrou indignação com a situação. “Trouxe meu companheiro de serviço que estava com tontura e pressão no ouvido, na última sexta-feira, mas ele não conseguiu ser atendido. Tinha uma fila enorme e só um médico para atender todo mundo. O pessoal da secretaria explicou que só estavam sendo atendidos os casos de mais urgência. É revoltante esta situação precária da saúde de Cachoeira”.
Resposta – Em nota oficial, a Prefeitura de Cachoeira Paulista afirmou que o Pronto Socorro está atendendo normalmente e que um médico consegue atender a atual demanda. A nota explicou que desde 1º de agosto o atendimento está sendo realizado com um médico plantonista, de segunda a sexta-feira, e com dois profissionais aos finais de semana.
