Cachoeira atrasa pela quinta vez no ano salário dos servidores

Funcionários realizam paralisação e Prefeitura ‘joga’ culpa no Governo

O prefeito João Luiz, que busca transferir as responsabilidades negativa de seus atos administrativos a terceiros (Arquivo Atos)
O prefeito João Luiz, que busca transferir as responsabilidades negativa de seus atos administrativos a terceiros (Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista

Pela quinta vez no ano, os 1.035 servidores municipais de Cachoeira Paulista tiveram seus salários atrasados pela Prefeitura. Inconformado, o sindicato da categoria organizou uma paralisação na última quarta-feira e estuda aumentar a pressão caso novos atrasos ocorram em 2016.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Cachoeira, Gerson Gaioso, os trabalhadores deveriam ter recebido o pagamento no último 5°dia útil, dia 7 deste mês, fato que não ocorreu.
Após realizarem uma paralisação, que segundo Gaioso teve 80% de adesão, o pagamento foi efetuado após três dias atrasados. “Não aguentamos mais estes atrasos salariais que infelizmente já ocorreram cinco vezes no ano. A Prefeitura deveria se programar melhor e efetuar o pagamento dentro do prazo correto”, criticou o presidente do sindicato.
Gaioso explicou: “É importante ressaltar que não fizemos um movimento de greve, mas sim de paralisação. Todos funcionários da Garagem Municipal pararam, menos os motoristas da Saúde, pois temos consciência que nosso movimento não pode prejudicar a população. A Prefeitura tem que entender que além de prejudicar, este atraso é um desrespeito com os servidores”.
O presidente revelou que em janeiro o sindicato realizará uma assembleia para definir o que será feito caso o Executivo continue atrasando os salários.
Outro lado – Em nota oficial, a Prefeitura de Cachoeira Paulista afirmou que três dias se deve ao atraso dos repasses do governo federal e estadual ao município, além da redução do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). O Executivo ressaltou que o movimento foi uma paralisação isolada, com baixa adesão. Dos 1.035 funcionários, apenas 15 paralisaram suas atividades, o que não ocasionou nenhum prejuízo aos serviços prestados à população.

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