Rede hoteleira de Aparecida inicia entrega de formulário para reabertura e Santuário aguarda decisão judicial

Novo decreto traz protocolo de saúde para volta gradual ou por completo do setor; feira livre e Centro de Apoio ficam de fora da nova flexibilização de atividades

Hotéis no Centro de Aparecida; setor e Santuário são liberados, mas Igreja aguarda a Justiça (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Marcelo Augusto dos Santos
Aparecida 

A rede hoteleira e o Santuário Nacional foram liberados pela Prefeitura de Aparecida após decreto publicado no último dia 15, mas a Igreja ainda aguarda decisão judicial na 2ª Vara Cível de Aparecida. Para os hoteleiros, o obstáculo é outro: o custo para atender as obrigações estipuladas pelo Município.

As celebrações com público não ocorre desde o dia 14 de março, quando a juíza Luciene Belan Ferreira Allemand acatou o pedido do Ministério Público, que apontava que a medida era necessária a para se evitar a disseminação do novo coronavírus.

De acordo com o novo documentos, os proprietários do seguimento de hospedagem e a Igreja deverão assinar o termo de compromisso e a ficha cadastral disponíveis no site da Prefeitura (aparecida.sp.gov.br) e entregá-los no paço municipal, oficializando o compromisso de cumprir as determinações previstas.

Além disso, hotéis e similares, só podem funcionar com uma capacidade máxima de 30 %, deixar 5% de leitos para pessoas que apresentarem sintomas.

Outra medida que deve ser tomada é a testagem de 25% dos funcionários a cada 15 dias. De acordo com a o diretor do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes Bares e Similares Aparecida e Vale Histórico) Waldecir Carmago, esse item não estava previsto no documento protocolado na Prefeitura. “O sindicato que representa a hotelaria agendou uma primeira reunião junto à prefeita Dina (Moraes – DEM) que mais foi um diálogo e ela pediu um tempo. Nós demos este tempo e em um segundo encontro, falamos com o comitê interno contra o Covid-19, onde a gente protocolou um manual de boas práticas e a Prefeitura aderiu (…) Porém, foram elaborados alguma coisas que veio no decreto que não estava na nossas conversas”.

Representantes da categoria devem se reunir mais uma vez para debater pontos da proposta publicada pelo Município.

O proprietário de um hotel de 108 anos, que é administrado por uma mesma família, contou que deve gastar cerca de R$ 2,5 mil por mês com os exames dos colaboradores. “Nós vamos reabrir o hotel, pois ele não pode ficar fechado. Iremos adotar toda as normas de segurança feitas pela a Prefeitura e torce para que tudo isso passe”, explicou o gerente Rubens Lellis de Andrade.

Desse mesmo modo, Giseli Aparecida Alves também deve retomar as suas atividades. Com uma média de 120 pessoas hospedada em seu hotel por final de semana, hoje, ela vive com uma renda de R$ 3,5 mil com a produção de leite de sua fazenda. “Para reabrir será difícil, pois estamos sem um capital de giro, mas iremos reabrir e seguir todas as medidas feitas pela a Prefeitura”.

O formulário cadastral deve ser entrega no fiscalização tributária da Prefeitura. Para evitar aglomerações, um agendamento deve ser feito pelo telefone (12) 3104 4015.

 

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