Prefeito de Potim nega ajuda financeira ao Pronto Socorro de Aparecida

Além de afirmar que não disponibilizará “nenhum centavo”, Nenê ainda contesta números apresentados pela Santa Casa

Rafael Rodrigues
Aparecida/Potim

A prefeito Edno Félix, o Nenê, discursa em evento político na região; embora sabendo da necessidade dos moradores, não paga a conta (Atos Redação)
A prefeito Edno Félix, o Nenê, discursa em evento político na região; embora sabendo da necessidade dos moradores, não paga a conta (Atos Redação)

Após duras críticas da Santa Casa de Aparecida referentes a falta de ajuda financeira de Potim para manter o Pronto Socorro que funciona na entidade, o prefeito potinense, Edno Félix, o Nenê, foi categórico em dizer que “não sairá nada” dos cofres públicos da cidade que ele comanda e que ainda é necessário mais diálogo entre as partes para definir um aporte financeiro.
A afirmação foi feita durante entrevista á uma rádio local, onde Nenê disse ainda que contesta os números apresentados pelo hospital de Aparecida, que afirma que cerca de 30% dos atendimentos diários no Pronto Socorro são de moradores de Potim. “Durante o dia atendemos cem pessoas aqui em Potim, fora que temos ainda cinco PSFs (Postos de Saúde da Família) e todos com médicos, por isso acho estranho esses números”.
A maior queixa das autoridades de Aparecida é que o Pronto Socorro hoje é subsidiado exclusivamente pela prefeitura da cidade, enquanto os municípios vizinhos, como Potim, se beneficiam do serviço sem nenhuma contribuição. Os atendimentos aos potinenses são, em grande maioria, realizados à noite, já que a cidade não possui atendimento depois das 22h. “Eu acredito que possamos mudar o quadro da falta de médico de noite, mas de momento não, e precisamos conversar de novo, porque preciso ter isso bem esclarecido, porque eu tenho a minha estimativa e quero comparar com eles. Se eles me provarem que atendem tanta gente do Potim eu mando embora meus médicos e mando o dinheiro pra eles”, garantiu Nenê.
O prefeito de Potim ainda criticou o atendimento hospitalar de Aparecida, que é referência regional em internações. “Com relação aos nossos pacientes, quando são internados até remédio a gente compra. E eu faço isso sem problema algum e nem cobro eles, sendo que a partir do momento que os moradores de Potim são internados, a responsabilidade é da Santa Casa”, enfatizou.
Números – De acordo com autoridades aparecidenses, boa parte dos atendimentos realizados no local são de pessoas que vêm da cidade vizinha à Capital Mariana da Fé, e esse gargalo tem feito ultrapassar em quase 100% o número de estipulados de assistências que o hospital comporta.
Além de Potim, Roseira é outro município que se beneficia do PS de Aparecida, mas em proporções bem menores. Segundo a entidade, atualmente, mesmo com déficit financeiro de quase R$150 mil, o Pronto Socorro comporta cerca de 4.600 atendimentos mensais, mas tem realizado cerca de 10.100 assistências. Esse número bem acima da capacidade é atribuído principalmente aos atendimentos realizados para suprir a falta de estrutura nas cidades vizinhas.
Os números apresentados recentemente pela entidade mostram que dos mais de 10 mil atendimentos, 23% são de moradores de Potim e 5% de Roseira. Diante desses dados foi realizado um cálculo estipulando que os municípios deveriam repassar R$ 103 mil e R$ 23 mil, respectivamente, para Santa Casa.

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Um comentário em “Prefeito de Potim nega ajuda financeira ao Pronto Socorro de Aparecida

  • 14 de março de 2016 em 22:59
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    Ainda bem que o pessoal de Aparecida, mesmo não dando conta de atender todos em pouco tempo, não nega o atendimento!

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