População reclama de atendimento no Pronto Socorro de Aparecida

Vereador denuncia dívida entre prefeitura e entidade; moradores cobram um número maior de médicos para melhorar o atendimento

O Pronto Socorro de Aparecida, além dos pacientes de Potim e Cunha, recebe acidentados na Dutra (Redação Atos)
O Pronto Socorro de Aparecida, além dos pacientes de Potim e Cunha, recebe acidentados na Dutra (Redação Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Os moradores de Aparecida e Potim, que procuraram atendimento na noite de domingo e madrugada de segunda-feira, se depararam com tumulto e falta de médicos no pronto Socorro da Santa Casa da cidade. Muitas pessoas que foram ao local tiveram de voltar para casa sem passar por nenhuma consulta, com a alegação que não havia profissional para realizar o atendimento.
Reginaldo Amaral, de Potim, bem que tentou, mas como não tem médico em sua cidade, foi obrigado a levar o sogro de 78 anos para Aparecida, onde foi informado pela atendente que não seria atendido por falta de profissional. “Fui no posto de saúde em Aparecida, mas a atendente disse que não poderia atender e nem mesmo deixou a gente entrar”.
O cidadão foi obrigado a se dirigir até Guaratinguetá, cidade que também negou atendimento, porque a referência dele seria mesmo Aparecida. “Chegando em Guaratinguetá eu não pude ser atendido porque eu sou de Potim. mas os funcionários do Frei Galvão ligaram em Aparecida e confirmaram que tinha medico sim, mas mesmo assim eles me negaram atendimento”.
O vereador Carlos Rodrigo de Assis Wendling (PP) foi acionado por outros moradores, que a exemplo do Reginaldo, não conseguiram atendimento no PA da Santa Casa. “Essas pessoas reclamaram que não tinha atendimento médico no PA da Santa Casa, e realmente fui informado que um clínico geral faltou ao plantão, ficando só um pediatra e um cirurgião que atenderiam apenas os casos de urgência”.
Apesar de constatar o problema, o parlamentar saiu em defesa da entidade, que segundo ele, está com dificuldades de contratar profissional devido à dívida da prefeitura. “Infelizmente a Santa Casa não tem condições de pagar dois clínicos, porque a prefeitura está devendo cerca de R$ 750 mil, e se não pagarem o mês de dezembro esse valor poderá ultrapassar R$ 1 milhão”.
Prefeitura – A Prefeitura amenizou a crise afirmando que a dívida existente foi herdada pelo atual prefeito, Ernaldo Cesar Marcondes, que assumiu o Executivo a pouco mais de 100 dias. De acordo com o secretário municipal de Administração, Domingos Leo Monteiro, assim que a nova administração tomou conhecimento da dívida, negociou com a entidade para fazer o pagamento. “A questão do pronto atendimento é um problema que a prefeitura enfrenta há anos. E logo que assumiu, o prefeito se reuniu com a Santa Casa para tratar do assunto, porque depois dos servidores a saúde é a prioridade do governo”.
Monteiro fez questão de explicar que apesar da atual administração já ter abatido boa parte desse débito com a entidade, cerca de R$600 mil ficarão para o ano que vem, mas que independente disso, o repasse mensal tem sido feito sem atraso desde agosto desse ano.
“A prefeitura não tem atrasado os repasses mensais e estamos diminuindo a dívida que a administração tinha. Foi acordado que vai ficar uma dívida e que vamos quitá-la no ano que vem, acrescendo o valor ao repasse mensal”.

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