Guarda de Aparecida cumpre normas burocráticas mas descarta uso de armas de fogo ainda esse ano

Alto custo para aparelhamento pode impedir que agentes atuem armados na cidade

Guardas municipais atuam em bloqueio na região central de Aparecida em dia que antecede o feriado (Arquivo Atos)
Guardas municipais atuam em bloqueio na região central de Aparecida em dia que antecede o feriado (Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Assim como as demais corporações da região, a Guarda Municipal de Aparecida tem buscado cumprir diversas exigências para armar parte do efetivo da cidade, mas o comando descarta que o uso de armamento seja concretizado ainda esse ano. A barreira para isso seria financeira.
A lei federal que determina a reestruturação dá poder de polícia às guardas municipais, sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), está em vigor desde o dia 8 de agosto de 2014, mas como é necessário cumprir uma série de requisitos antes de agentes saírem com arma de fogo na cintura e atuar sem apoio da Polícia Militar.
De acordo com o comandante da Guarda de Aparecida, Giovane Amaral, recentemente todos os servidores que compõe o efetivo passaram por uma avaliação psicológica, requisito exigido para que possam andar armados. “Nós já fizemos o convênio com a Polícia Federal, inclusive nossos homens já passaram por avaliação psicológica de um profissional credenciado, e eles estão aptos para usar armas, mas ainda temos outras medidas que devem ser tomadas, para cumprir todas as exigências”.
Entre os próximos passos está a instrução de tiro e armamento prático, que todos os guardas devem passar antes de conseguirem a autorização. “O instrutor de tiro tem que ser credenciado pela Polícia Federal, o estande tem que estar credenciado pela policia federal, ou seja, todos os trâmites tem que ser por eles”.
Apesar de considerar que estão adiantados, Amaral reforçou que para cumprir todas as exigências demanda tempo e verbas, por isso a Guarda de Aparecida busca parcerias e convênios para não pesar os cofres públicos. “Temos tentado minimizar os gastos para prefeitura através de convênios, porque a situação não está fácil, mas estamos buscando recursos e parcerias para que possamos conseguir tudo que é necessário”.
Confiante, o comandante acredita que até o final do ano tudo estará resolvido, mas deixa claro que dificilmente, e por razões financeiras, é inviável que tão logo consiga se adequar as normas, os guardas possam adquirir as armas. “Até o final do ano acredito que possamos terminar toda parte burocrática. Agora, não sei se conseguiremos a aquisição do armamento, porque além de lento existe um custo, e não podemos atrapalhar nosso funcionamento”.

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