Ex-secretária de Aparecida segue presa em Tremembé

Com liminar negada, defesa entra com habeas corpus, mas decisão só deve sair na próxima semana; trio está em Tremembé

Ex-secretária da Família, Bem Estar Social e Mulher, Isabel Cesar, que continua no Pemano (Foto: Reprodução)
Ex-secretária da Família, Bem Estar Social e Mulher, Isabel Cesar, que continua presa (Foto: Reprodução)

Rafael Rodrigues
Aparecida

O pedido liminar da defesa da ex-secretária de Bem Estar Social de Aparecida, Isabel Cesar, foi negado pela Justiça. Ao lado da irmã e de outra acusada, ela foi presa no último dia 4 por peculato, e permanece presa em Tremembé.

De acordo com o advogado de defesa das acusadas, José Dimas Moreira, o relator não estudou o processo e pediu mais informações à Justiça da cidade para que possa apreciar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa. “Então foi negado somente o pedido liminar. Depois dessas informações serem fornecidas, será apreciada por três desembargadores e cada um faz seu voto nessa sessão plena. O pedido negado foi a liminar, não o habeas corpus”.

De acordo com Moreira, seguindo os prazos legais, em dentro de alguns dias o caso será apreciado novamente, mas dessa vez por três desembargadores.

A ex-secretária da Família, Bem Estar Social e Mulher de Aparecida, Isabel Cristina Oliveira César dos Santos, a irmã dela, Solange de Oliveira César, e a ex-presidente de uma entidade social, Cláudia Cristina Mantovani, foram presas acusadas de usar recursos públicos para benefício próprio.

Segundo o Ministério Público, elas teriam gasto R$2,6 mil da Associação de Assistência e Promoção Comunitária de Aparecida para colocar gasolina nos próprios carros, entre 2013 e 2015. À época, Isabel era secretária da cidade e Cláudia, presidente da instituição. As verbas que abasteciam a entidade eram repassadas pela Prefeitura.

De acordo com o advogado de defesa, o inquérito existe desde 2014, e nenhuma delas foi ouvida até o momento. “Os fatos que tramitam esse processo terminaram em 2015. Todas as pessoas foram ouvidas nesse processo, as únicas que não, foram justamente as três, que são acusadas, ou seja, não tiveram oportunidade de colocar a sua relação com o fato denunciado”.

A promotoria acusa a ex-secretária de ter atrapalhado as investigações e ameaçado testemunhas. Segundo Dimas, elas não fazem mais parte da Prefeitura, sequer de alguma entidade, e por isso não cabe a acusação de que elas poderiam atrapalhar o processo.

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