Aparecida realiza mutirão contra a dengue

São Roque e Centro são principais focos de criadouros; Vigilância têm orientado moradores a descartar entulhos em desuso

A equipe da Prefeitura durante um dos arrastões em prol da limpeza e focos de criadouro do Aedes aegypt (Foto: Divulgação)
A equipe da Prefeitura durante um dos arrastões em prol da limpeza e focos de criadouro do Aedes aegypt (Foto: Divulgação)

Andreah Martins
Aparecida

A Prefeitura de Aparecida tem realizado, desde julho, um “arrastão” para recolhimento de possíveis criadouros de mosquito nos bairros da cidade. O mutirão contra a dengue já passou pelos bairros Santa Teresinha, Centro e São Roque. A iniciativa foi tomada após resultados de altos índices de densidade larvária no início do ano.

A ação conta com agentes da Saúde, Frente do Trabalho, DSM (Departamento de Serviços Municipais) e Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos e Resíduos Sólidos).

De acordo com a coordenadora do Controle de Endemias da cidade, Ellen Paixão, já foi recolhido um número significativo de entulho. “A gente tira tudo o que a pessoa não quer mais em casa, que seja foco de criadouro ou não. Teve muito criadouro, pneu, lata, tudo o que possa imaginar”, contou Ellen, que disse ainda como é feito o procedimento. “Nós fazemos a atividade de orientação casa a casa. A gente entra nas residências, quando permitido, e caso tenha algo que a pessoa não queira, perguntamos se pode retirar. Nós mesmos fazemos o recolhimento junto à Frente de Trabalho, e colocamos no caminhão”.

O lixo recolhido pelo trabalho de controle de endemias é encaminhado ao aterro de Cachoeira Paulista, e os objetos recicláveis para locais especializados na região, de acordo com o tipo de material.

Os bairros atendidos foram escolhidos, inicialmente, pela maior concentração de criadouros encontrados. Por meio da densidade larvária, índice que avalia o foco do mosquito Aedes aegypt, a ação foi planejada para diminuir os números do início do ano.

De acordo com o sistema, um indicador padrão deve estar abaixo de 1. A pesquisa é realiza quatro vezes ao ano, com apuração dos dados em janeiro, abril, julho e outubro.

“A última DL que fizemos (em julho) deu 0,8, quer dizer que está normal. Só que no início do ano, com o tempo muito quente, as duas primeiras (janeiro e abril) tiveram números superiores a 1. Então, ficamos em atenção”, explicou a coordenadora.

A ação para este mês tem sido o arrastão por 19 pontos estratégicos, como oficinas, cemitérios, floriculturas em todo o município. “É feita a vistoria, e as informações obtidas nesses pontos indicam como está o número de larvas. Após a leitura, sabemos qual é o tipo de mosquito. Isso, se for encontrado larvas”, explicou Ellen.

A atividade é realizada a cada 15 dias. Em Aparecida, foram confirmados dois casos de dengue este ano, um autóctone (da cidade) e outro adquirido.

Os próximos bairros atendidos pela ação serão o Santa Rita, Santa Luzia e Perpétuo Socorro, ainda em setembro. A secretaria de Saúde pede a colaboração dos moradores para o descarte de materiais que possam acumular água.

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