Aparecida agiliza ação para restauração de igreja centenária

Fiéis esperam investimento de R$ 350 mil em prédio de 131 anos

Allan Torquato

A Igreja do Bonfim, importante símbolo histórico na divisa do município de Roseira com Aparecida, será recuperada a partir de janeiro. Há 48 anos o prédio não é reformado e sofre com problemas de estrutura. A Igreja rifou um Fusca e tenta outras ações para custear a restauração do patrimônio, orçada em R$ 350 mil.

Rachaduras, infiltrações e ataque de pragas redesenharam o prédio centenário, datado de 1883.  A construção foi inspirada na Igreja do Bonfim da cidade de Salvador-BA. O local serviu de rota para os tropeiros e atualmente é caminho de romarias vindas de cidades próximas.

A primeira etapa da obra contemplará a reforma do telhado, o reforço e descupinização do alicerce da igreja e a remoção das infiltrações. Posteriormente será feito um trabalho de recuperação das paredes e das torres da igreja. A parte interna do prédio, como forros, altar e escadaria, também receberão reparos.

De acordo com o pároco responsável pela igreja, José Ferreira, a obra não tem previsão para ser finalizada, já que além dos fatores climáticos, a paróquia depende de outras doações para concluir todo o trabalho. O padre contou que ao longo dos anos, apenas alguns reparos foram feitos, o que contribui para o atual estado do prédio.

“É uma igreja histórica de mais de 130 anos. Ela tem todo um sentido aqui. Se não zelarmos por esse patrimônio hoje, não teremos a história para ser contada amanhã. Não podemos deixar que aquilo que a história construiu seja perdido com o tempo”.

Rifa do Fusca – A comunidade local se mobilizou para tentar salvar o patrimônio realizando uma rifa de um Fusca, ano 1978, para angariar fundos para o início das obras. O veículo, que está em ótimo estado de conservação, foi doado por uma moradora de Potim.

Mais de 12 mil bilhetes, ao preço de R$ 5 foram vendidos. O carro foi sorteado durante a festa da comunidade, no fim de novembro. O ganhador do prêmio foi um morador de Guaratinguetá.

Agora o objetivo da Arquidiocese de Aparecida é vender 6 dos 13 alqueires de terra no entorno da igreja.

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