Vinte PM’s da região são presos por cobrarem propinas de traficantes

Operação teve parte das prisões em Guará e Pinda; policiais flagrados recebiam dinheiro do crime organizado para fazerem “vista grossa”

Viatura da Polícia Militar, durante operação na região; ação prendeu vinte policiais do Vale do Paraíba (Foto: Arquivo Atos)
Viatura da Polícia Militar, durante operação na região; ação prendeu vinte policiais do Vale do Paraíba (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Regional

Acusados de cobrarem propinas de traficantes de drogas de Taubaté, vinte policiais militares foram presos na manhã da última quarta-feira em três cidades do Vale do Paraíba e uma do Litoral Sul. Dois dos detidos também são suspeitos de cometerem um triplo homicídio no início de 2017.

Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram os mandados de prisão em Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Registro e Taubaté, cidade onde os PM’s atuavam.

Durante entrevista coletiva no fim da tarde da última quarta-feira em São José dos Campos, a comandante da Polícia Militar no Vale do Paraíba, Eliane Nikoluk, e o coronel corregedor geral da Policia Militar, Marcelino Fernandes, explicaram que os detidos são suspeitos de recebem dinheiro do crime organizado, em troca de não realizarem prisões de traficantes e apreensões de drogas em Taubaté.

O corregedor revelou que a investigação foi iniciada em fevereiro do ano passado, após o assassinato de três jovens, sendo dois irmãos e um primo, no bairro Rancho Grande, em Taubaté. Os corpos dos rapazes, que possuíam antecedentes criminais e tinham 21, 24 e 25 anos, foram encontrados no interior de um carro com diversas marcas de disparos de arma de fogo. Em depoimento, familiares contaram que o trio havia sido abordado por PM’s um dia antes do crime.

Ao investigar o caso, além de apurar o envolvimento de dois policiais no crime, a Corregedoria descobriu, através de escutas telefônicas e agentes infiltrados, que eles e mais 18 policiais faziam parte do esquema de recebimento de propinas de traficantes de entorpecentes.
Após prestarem depoimentos, os presos foram encaminhados ao presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.

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