Peça que aborda relatos de sobreviventes de Mariana tem apresentação em Guará

Espetáculo “Hotel Mariana” recria histórias da tragédia; evento faz parte de ação do Circuito Cultural

Cena de "Hotel Mariana", que tem apresentação marcada para este sábado, em Guará; espetáculo aborda a tragédia na cidade mineira (Foto: Divulgação)
Cena de “Hotel Mariana”, que tem apresentação marcada para Guará; peça aborda a tragédia na cidade mineira (Foto: Divulgação)

Da Redação
Guaratinguetá

O Circuito Cultural Paulista chega a Guaratinguetá com o teatro “Hotel Mariana”. O espetáculo aborda a tragédia na cidade mineira, em novembro de 2015, que deixou mortes e um rastro de destruição. A apresentação, que tem apoio da secretaria de Cultura, está marcada para às 20h deste sábado, no Espaço Educacional e Cultural VivaArte.

O autor da peça Muniz Pedroza visitou Mariana-MG, uma semana depois do rompimento da barragem de rejeito de minérios provocado pela empresa Samarco, dona da barragem, e controladoras Vale e BHP Billiton.

Pedroza conversou com sobreviventes. Os relatos foram inspiração para a composição da peça, que tem histórias contadas por meio de um fone de ouvido e os atores reproduzem para o público o que escutam.

Com passagens emocionantes, a peça, que tem direção de Herbert Bianchi, relata a tragédia que mudou a vida de centenas de famílias.

Marcas – Quase dois anos e dez meses depois, a tragédia na cidade mineira de Mariana ainda gera revolta nas famílias que sobreviveram, e também em quem acompanhou os desdobramentos do caso. O maior desastre ambiental já registrado no Brasil ainda passa por processo criminal, que apura a morte de 19 pessoas, além do processo ambiental que avalia os danos.

O acidente foi registrado em 5 de novembro de 2015, quando a barragem de Fundão se rompeu e deixou um rastro de lama que destruiu parte do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Outras quarenta cidades foram afetadas, quando os rejeitos de minério (sobra do processo de beneficiamento) atingiram o Rio Doce, passando também pelo Espírito Santo, até o mar.
Dona da barragem, a Samarco e as controladoras, Vale e BHP Billiton, garantem que o rompimento foi um acidente, apesar das acusações de que as empresas tinham conhecimento do risco de rompimento da barragem, mas negligenciaram a informação.

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