“Ninguém, é tão ignorante que não tenha algo a ensinar; e ninguém, é tão sábio que não tenha nada a aprender”.

Blaise Pascal
A SOLIDÃO DE DILMA

O tema solidão do poder, solidão de Dilma, foram exaustivamente comentados pela imprensa nacional.

O termo solidão do poder é diagnosticado desde que o mundo é mundo. O poder é cobiçado e buscado em todas as suas instâncias.

Em todas as sociedades humanas o poder é a moeda do sucesso!

No mundo corporativo como na administração pública aqueles que estão no poder são menos propensos a retribuir porque tendem mediocremente a acreditar que os “favores”, ou gentilezas que recebem são egoisticamente motivados.

Com Lula e Dilma a presidência da república não passou de uma estratégia de marketing bem analisada e implantada. Com o objetivo de marketing é tornar o cliente satisfeito, é também imprescindível que o produto traga esta satisfação, ou seja, o produto tem que ter competência.

Se imaginarmos que a campanha do presidente Lula foi cercada de uma insegurança justificada, precisou que a Carta aos Brasileiros trouxesse tranqüilidade ao país.

Como vivemos num país em que os índices de alfabetização são baixos e a leitura dos fatos políticos é substituída pela televisão, – colorida, superficial e rápida -, não enseja à população um espírito crítico. No início de seu governo a dificuldade de formar o seu ministério trazendo para o Banco Central um opositor, Henrique Meirelles, deputado do PSDB, pelo Estado de Goiás.

Negar os princípios políticos que o levaram à presidência e seguir o programa econômico de seu antecessor era para a sociedade um alerta de fragilidade de seu governo.

Outro aspecto que a sociedade ignorou as correntes políticas socialistas retrógradas que comandavam o partido do ex-presidente criando impasses ideológicos para o partido onde ficou claro para a sociedade que o mentor do governo era José Dirceu e Lula um produto mercadológico pronto para a prateleira de uma sociedade que ainda não percebe estes detalhes.

A pressão do seu próprio partido para seguir uma orientação socialista tendo como aliados o que há de mais retrogrado no mundo econômico e político: Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales e o casal Kirchner e a orientação acadêmica dos mestres da Unicamp, onde a presidente foi aluna, com uma idéia estapafúrdia de crescimento econômico com atendimento ao social.

A teoria desenvolvimentista está superada e o Brasil já experimentou esta política no governo Geisel onde o mundo em crise e o Brasil vivia numa ilha da fantasia… com o dinheiro dos outros. O mesmo fenômeno ocorreu com a crise de 2008. O mundo em crise e retração o Brasil consumindo adoidado. Um dia a conta chegou. O Brasil “quebrou” em 1983 e 1987 e com grande chance de uma crise financeira para os próximos anos. No período Geisel o saque ao FMI e a inflação na estratosfera. Infelizmente a sociedade esqueceu destes detalhes.

A presidente Dilma não tem a menor afinidade com o governo, a administração pública e a incapacidade de liderar pessoas. Em resumo, uma gestora em desuso que não tem aptidão para comandar uma loja de R$ 1,99.

O “petrolão” deixa claro esta incompetência visível, pois não tinham a mínima noção das implicações e repercussões que poderiam ocorrer internacionalmente.

A Petrobras é uma empresa internacional com títulos negociados na Bolsa de Valores de Nova York (todo início de ano captava recursos financeiros no mercado americano) e que causou danos ao investidor americano que chegou a pagar US$ 25 por ação e está com a possibilidade ficar com um “mico” de US$ 1 a ação.

Onde a Petrobras irá buscar recursos em 2015 para tapar o buraco de 2014? A fonte secou!

A operação lava-jato atingirá certamente o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, mas, as conseqüências maiores virão das ações promovidas nos Estados Unidos, pelo órgão que fiscaliza o mercado acionário – onde fraudar balanços, mentir ao investidor dá cadeia perpétua-, e o Departamento de Justiça com provas documentais oriundas da Holanda e Suíça.

A outra ameaça vem da Alemanha onde um grupo de magistrados brasileiros, em Berlim, executa 85 mandados judiciais de prisão ou coerção temporária e mais 123 ordens de busca e apreensão de documentos.

A solidão da presidente Dilma é inevitável e profunda!

 

Escrito por: Márcio Meirelles

 

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